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PGR diz que Geddel seria líder de organização criminosa

Manifestação foi enviada ao STF contra pedido de liberdade. Para Raquel Dodge, ex-ministro teria assumido a posição

Henrique Gimenes - 19/10/2017 21h19

Raquel Dodge afirma que Geddel teria assumido posição de líder de organização criminosa Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (19), em que aponta que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) assumiu uma posição que seria “líder de organização criminosa”. A manifestação foi enviada por causa de um pedido de liberdade feito pela defesa de Geddel. A PGR pede que a prisão seja mantida.

O ex-ministro foi preso pela segunda vez após ter sido encontrado R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento que seria utilizado por ele. No primeira, Geddel havia sido acusado de tentar obstruir investigações. O ex-ministro cumpria prisão domiciliar quando foi decretado o segundo pedido de prisão. Para Raquel Dodge, o ex-ministro “fez muito em pouco tempo”.

– Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo – afirmou.

Para a PGR, caso o ex-ministro volte para a prisão domiciliar, ele poderá voltar a cometer crimes como ficou demonstrado. Raquel Dodge ainda diz que a prisão de Geddel é necessária para “acautelar o meio social”.

– Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso – ressalta.

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