PF interceptou conversas entre criminosos: “Nós perdeu”
Grupo alugou um apartamento em um bairro nobre de Curitiba para acompanhar a rotina de Sergio Moro
Leiliane Lopes - 23/03/2023 20h07 | atualizado em 24/03/2023 10h50
Integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvidos na ação para sequestrar o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e sua família (esposa e filhos), foram interceptados pela Polícia Federal (PF). Durante as investigações, as conversas dos criminosos apontam para imóveis alugados em Curitiba, capital do Paraná, para a ação que fariam contra Moro.
Em uma das conversas, Claudinei – um dos criminosos responsáveis pela ação – e um parceiro não identificado falam sobre um apartamento alugado por eles com documentos falsos no bairro Jardim Botânico, uma área nobre de Curitiba.
– Os apartamentos no Paraná, que “nós perdeu”, a casa, coloca tudo no tabuleiro. Essa casa, agora, que “nós alugou”, agora. A chácara que você alugou. Os caras, teve os gastos. Aí tem o apartamento, é só somar, também. Aí tem a casa que o Fala vai ajudar também – diz Claudinei.
O aluguel do apartamento fazia parte do plano para sequestrar e matar o senador no domingo de votação do segundo turno das eleições de 2022, sua localização era a 15 minutos do local em que Moro vota.
A chácara citada na conversa também foi alugada pelos criminosos, que combinaram a locação diretamente com a proprietária. A princípio, eles ficariam apenas dez dias no imóvel.
A PF conseguiu encontrar prints de mensagens após a interceptação telemática e assim teve acesso ao esquema milionário que foi montado para atacar o ex-juiz e ex-ministro da Justiça.
Os criminosos tinham acesso a várias informações de Sergio Moro. O esquema custou quase R$ 3 milhões.
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