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PF apura fraudes na escolha do Rio como sede olímpica

Suspeita é de que jurados receberam dinheiro em troca do seu voto a favor do Rio

Camille Dornelles - 05/09/2017 07h36 | atualizado em 05/09/2017 15h00

Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, pode ter comprado jurados para escolherem Rio Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo

Jogos Olímpicos de 2016 investigados. A Polícia Federal cumpre mandados de prisão nesta terça-feira (5) para prender suspeitos de fraudes durante as eleições da cidade-sede. Para a PF, a escolha do Rio de Janeiro não foi pelas suas belezas naturais, mas pelo dinheiro que entrou nos bolsos.

Os agentes fazem buscas na sede do Comitê Olímpico e na casa do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que é suspeito de integrar o esquema e comprar votos de jurados. Nuzman foi encaminhado para prestar depoimento.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio. A operação é um desdobramento da Lava Jato e foi batizada de Unfair Play, que seria o contrário do termo “fair play”, ou jogo sujo, termo comum na linguagem esportiva.

A PF também investiga de onde vinha o dinheiro usado para comprar votos. A suspeita é que estava em uma conta do empresário Arthur Soares, conhecido do ex-governador Sérgio Cabral, que também teria recebido propina.

Eliane Cavalcante, sócia de Soares, foi presa por fazer pagamentos ilícitos através de uma conta sediada no Caribe. Os suspeitos são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O Ministério Público Financeiro francês já havia indicado que estava investigando a escolha do Rio de Janeiro há quase dois anos e passa a colaborar com as autoridades brasileiras.

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