Petrobras tenta evitar paralisação de funcionários
Servidores protestam contra privatização e pedem a saída do atual presidente da empresa
Ana Luiza Menezes - 28/05/2018 18h02

Nesta segunda-feira (28), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, emitiu uma carta aos funcionários da estatal a fim de impedir a greve de 72 horas que eles agendaram para começar na próxima quarta-feira (30).
No texto, Parente explica que a decisão de reajustar os preços dos combustíveis diariamente em linha com o mercado internacional foi tomada em defesa da companhia e para evitar o crescimento da dívida.
– Como a Petrobras e a sua força de trabalho podem melhor ajudar o Brasil neste momento? – questionou o executivo, no impresso.
Ele defende que a mudanças não surgirão por meio de paralisações e pressões para redução de preços.
– Em nosso entendimento, isso teria justamente o efeito contrário: seria um retrocesso em direção ao aumento do endividamento, prejudicando os consumidores, a própria empresa, e, em última instância, a sociedade brasileira. Assim, neste grave momento da vida nacional, convidamos todos a uma cuidadosa reflexão – disse ele em outro trecho do documento.
A paralisação dos funcionários das refinarias foi definida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), no último sábado (26). Inicialmente, o protesto tem período definido de três dias, como uma advertência. Porém, outra paralisação de tempo indeterminado está sendo organizada. A federação apresentou cinco reivindicações à direção da Petrobras, incluindo a demissão do atual presidente e a redução dos valores cobrados nas refinarias.
Em sua defesa, Parente disse que a atual direção da companhia é firme e diligente. Ele também afirmou que não é corretor culpar a Petrobras pelos aumentos, visto que ela não é a única responsável pela formação dos preços dos combustíveis, destacando outros fatores responsáveis como os impostos que incidem sobre a gasolina e diesel e contribuem com os caixas dos governos estaduais e federal.
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