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Paulo Guedes pede ‘moderação’ entre os Poderes e a mídia

Para o ministro, "está todo mundo muito nervoso"

Pleno.News - 14/07/2021 14h08 | atualizado em 14/07/2021 15h44

Ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: PR/Marcos Corrêa

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu um pouco mais de moderação na relação entre os Poderes da República, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.

Guedes repetiu críticas feitas a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), sem atacar diretamente a instituição.

– A mensagem é saúde, emprego e renda e moderação. Eu também estou tentando ficar mais moderado. Acho que a mídia tem que dar uma moderada, o Supremo, o presidente (Bolsonaro). Está todo mundo muito nervoso, muito ansioso, radicalizando de um lado e de outro – afirmou o ministro da Economia nesta quarta-feira (14) , em videoconferência realizada pelo jornal Valor Econômico.

– O Fla-Flu [eleição] é no ano que vem, não é agora – completou Guedes.

O ministro disse não acreditar em qualquer narrativa que envolva a possibilidade de um golpe na democracia brasileira.

– Não acredito na barulheira de que vai haver golpe. Não é minha hipótese de trabalho. Volta e meia alguém sai da caixa e faz um barulho infernal, mas a democracia bota pessoa na caixa de novo – avaliou.

Em tom conciliador, Guedes assumiu erros próprios de avaliação e disse todos os atores de qualquer poder também podem se equivocar.

– Às vezes, no Executivo, tem gente que sai da caixinha e fala o que não devia falar. Tem gente no Supremo que sai da caixinha também [e] faz besteira. O STF às vezes funciona como corte criminal e comete excessos, mas esses excessos podem ser cometidos por atores, não pela instituição. Todos somos humanos e erramos. Eu mesmo errei na dosimetria da reforma tributária – acrescentou.

Mas Guedes reclamou do que chamou de “negacionismo” na economia, em referência a projeções pessimistas do mercado sobre a crise da pandemia de Covid-19 que não se concretizaram.

– Há um negacionismo fabuloso na economia, mas todos os setores estão voltando. Acusam governo de negacionismo na saúde, mas nunca vi tanto negacionismo na economia – rebateu.

Guedes projetou que, assim como a atividade caiu menos e se recuperou mais rápido do que muitas estimativas de mercado, a dívida bruta deve chegar ao fim de 2021 em 83% ou 82% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto muitos projetavam um endividamento de 100% do PIB.

– Já tem gente dizendo que podemos zerar [o déficit] primário antes de 2024, a arrecadação vem forte – afirmou o ministro.

*AE

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