Padre se desculpa após pedir libertação de Lula em missa
Reitor do Santuário Nacional Aparecida foi duramente criticado nas redes sociais
Jade Nunes - 24/05/2018 11h12 | atualizado em 24/05/2018 11h26

O reitor do Santuário Nacional Aparecida, padre João Batista de Almeida, se desculpou após fazer uma missa pela libertação do ex-presidente Lula no último domingo (21). O padre foi criticado nas redes sociais. Muitos o chamaram de comunista.
– Nossa Senhora Aparecida abençoe (Lula) e lhe dê muitas forças para que se faça a verdadeira justiça, para que o quanto antes ele possa estar entre nós, construindo com o nosso povo um projeto de país que semeie a justiça e a fraternidade – rogou o religioso durante celebração da Eucaristia.
Estavam presentes no dia manifestantes pró-Lula que usavam camisas vermelhas da CUT e bandeiras do PT.
Três dias depois, padre João Batista emitiu uma nota se desculpando. O comunicado também foi assinado por dom Orlando Brandes, arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, e o padre José Inácio de Medeiros, superior provincial dos Missionários Redentoristas da Província de São Paulo.
– Manifesto meu pesar e peço perdão a todos que se sentiram ofendidos pela maneira como conduzi a celebração da missa das 14h – disse o reitor.
O texto ainda diz que “igreja não é lugar de tomar posição político-partidária, que é contrária ao Evangelho”.
Bernardo Küster, youtuber conhecido como o “MBL dos católicos”, lembrou do episódio em que dom Darci Nicioli, então bispo auxiliar de Aparecida, “criticou Lula no Santuário” e acabou sendo transferido para Diamantina, em Minas Gerais, em 2016.
– O que será feito com o padre João Batista de Almeida, que rezou pela libertação do corrupto no último domingo? Nada! – questionou Küster no Twitter.
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