Paulo Moura - 18/04/2024 13h51 | atualizado em 18/04/2024 15h24

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou, na última terça-feira (16), a retirada da tornozeleira eletrônica do bicheiro Rogério Andrade. Na determinação, o magistrado decidiu também que Andrade não precisará mais voltar para casa antes das 18h. Ambas as restrições tinham sido impostas ao bicheiro há quase um ano e meio.

Rogério Andrade responde a vários processos na Justiça sob a acusação de chefiar uma organização criminosa que domina o jogo do bicho, máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos em bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O bicheiro acionou o STF em novembro do ano passado após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar, um mês antes, o fim das medidas cautelares contra ele.

Andrade foi preso em agosto de 2022 na segunda fase da Operação Calígula, ação que foi deflagrada com o objetivo de investigar uma organização criminosa que opera jogos de azar no Rio de Janeiro. Em dezembro de 2022, o bicheiro foi solto após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitar um pedido de habeas corpus de sua defesa.

Na ocasião, a Corte determinou que Andrade cumprisse medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno domiciliar e o comparecimento periódico ao juízo para comprovar suas atividades.

A decisão tomada por Nunes Marques nesta semana foi a terceira ordem favorável emitida pelo ministro em relação ao bicheiro ou a pessoas ligadas a ele nos últimos dois anos. Em agosto de 2022, Nunes Marques revogou um mandado de prisão contra Andrade. Em junho de 2023, ele tomou a mesma decisão quanto ao filho dele, Gustavo Andrade.

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