Novo ministro tem apoio de Lemann e é elogiado por Huck
Renato Feder tem vínculos com opositores de Jair Bolsonaro
Gabriela Doria - 03/07/2020 19h13
O convite do presidente Jair Bolsonaro para que Renato Feder assuma o Ministério da Educação (MEC) já está sendo alvo de polêmicas. Antes mesmo de oficializar a nomeação, apoiadores de Bolsonaro já apontaram falhas no possível gestor.
A primeira delas é a ligação com o governador de São Paulo João Doria. Feder doou, pessoalmente, a quantia de R$ 150 mil para a campanha do empresário em 2018. Este vínculo com Doria, um dos principais opositores de Bolsonaro, não agradou em nada a base bolsonarista.
Outro vínculo questionado é com o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil. O bilionário está por trás de grupos políticos como o RenovaBR e Acredito. Desses grupos saíram ao menos cinco deputados federais, com destaque para Tábata Amaral (PDT-SP). Lemann é visto por bolsonaristas como um defensor do globalismo e anti-conservador.
No mesmo espectro político de Lemann está o apresentador Luciano Huck, que vê com bons olhos a indicação de Feder. Em seu Twitter, Huck disse esperar que o possível ministro traga “modernidade” ao MEC.
– O MEC ganha nova chance de coordenar a Educação. Arma mais poderosa para combater desigualdades e democratizar oportunidades. Que a juventude do novo ministro traga modernidade e não insegurança. Que ele não fique mais realista que o rei ou preso a ideologias regressistas – escreveu.
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