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“Não tenho receio de depor no Congresso”, garante Deltan

Procurador afirmou ainda que não há "prazer" em acusar alguém

Gabriela Doria - 15/07/2019 09h07 | atualizado em 15/07/2019 10h20

Deltan Dallagnol negou que tenha medo de ir ao Congresso Nacional Foto: PT/Lula Marques

Um dos principais alvos dos vazamentos de conversas iniciados pelo site The Intercept, o procurador da república Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que não se sente intimidado com os recentes ataques e questionamentos sobre sua conduta ética. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Dallagnol reafirmou que tem medo de depor no Congresso Nacional, como fez o ministro Sergio Moro e o jornalista Glenn Greenwald.

– Não tenho receio porque todos os atos da Lava Jato estão justificados em fatos, provas e na lei e foram validados por diversas instâncias da Justiça. O Congresso é palco de discussões relevantes, mas de natureza política. Meu trabalho é técnico e feito perante a Justiça – afirmou o procurador.

Questionado sobre qual seria o objetivo dos vazamentos de conversas, Deltan afirmou que se trata de uma tentativa de anular condenações de pessoas poderosas.

– O interesse é anular condenações e barrar o avanço da investigação. A operação atingiu muitos poderosos. Poderia ser qualquer um deles, além dos corruptos que ainda não foram alcançados pela Lava Jato – declarou.

O procurador também negou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha sido alvo de perseguição por parte dos procuradores e juízes.

– Essa é uma teoria dos que querem forçar anulações. A Lava Jato não se resume a um ou outro caso. São centenas de casos que atingiram todo o espectro ideológico. Só na força-tarefa de Curitiba já passaram 19 procuradores e mais de 30 servidores. A equipe inclui eleitores do PT. Os atos judiciais são revisados por três instâncias. A teoria da conspiração não se verifica – argumentou Deltan.

O chefe da Lava Jato em Curitiba também reafirmou os motivos que levaram à acusação contra Lula.

– O mesmo motivo que embasou denúncias contra outros réus: a existência de provas de um crime e de sua autoria. Ninguém tem prazer em acusar alguém ou ao constatar tanta corrupção no País, ainda mais quando praticada por quem deveria dar o bom exemplo – observou.

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