Na ONU, Bolsonaro critica passaporte da vacina e fala em tratamento precoce
Presidente defendeu a autonomia dos médicos
Pierre Borges - 21/09/2021 12h11 | atualizado em 21/09/2021 12h16
O presidente Jair Bolsonaro reafirmou suas posições contrárias ao passaporte sanitário e favoráveis ao tratamento precoce da Covid-19, em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21).
Bolsonaro afirmou que quase 90% da população adulta brasileira já recebeu a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 e que 80% dos indígenas já estão completamente imunizados. Ele disse ainda que, até novembro, “todos que escolheram ser vacinados no Brasil serão atendidos”, mas criticou a exigência do comprovante de vacinação para a entrada em eventos e estabelecimentos comerciais.
– Apoiamos a vacinação. Contudo, o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina – afirmou.
Bolsonaro reforçou também que seu governo apoia a “autonomia do médico na busca do tratamento precoce”, recomendação dada pelo Conselho Federal de Medicina.
– Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label [medicação utilizada de forma diferente do reconhecido]. Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial – questionou.
Bolsonaro encerrou o tópico de forma firme.
– A história e a ciência saberão responsabilizar a todos – afirmou.
Confira o discurso na íntegra:
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