MPTCU pede novo afastamento do ministro Ricardo Salles
Ele é investigado por suposto favorecimento de empresa de táxi aéreo contratada pelo Ibama
Gabriela Doria - 21/06/2021 17h02 | atualizado em 21/06/2021 18h45
O Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), solicitou nesta segunda-feira (21) o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do diretor de proteção ambiental do Ibama, Olímpio Ferreira Magalhães. O TCU investiga Salles e Magalhães por suposta “ingerência indevida” em uma licitação do Ibama para a contratação da empresa fornecedora dos helicópteros a serviço do órgão.
A investigação é assinada pelo subprocurador-geral do MPTCU Lucas Furtado. Furtado sustenta que há “ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico e infração à norma legal, com potencial de acarretar dano ao erário” na contratação das aeronaves. O TCU alega que houve favorecimento à empresa Helisul Taxi Aéreo, vencedora do edital de contratação lançado em agosto do ano passado.
Furtado é o mesmo procurador que tentou afastar Salles do Ministério do Meio Ambiente em abril deste ano, com base na notícia-crime apresentada ao Supremo Tribunal Federal pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, que acusou o ministro de proteger madeireiros ilegais que estariam atuando no Pará e que foram alvo de uma operação da PF.
A ministra Cármen Lúcia é a relatora da ação contra Salles no Supremo Tribunal Federal. O ministro também é alvo de outro inquérito no STF pela suspeita de derrubar regras de fiscalização da exportação de madeira. Esta ação é conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, que chegou a pedir que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre um eventual afastamento e prisão de Salles. A PGR se posicionou contra as medidas.
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