Gabriela Doria - 25/07/2017 15h39 | atualizado em 25/07/2017 16h47

O Ministério Público Federal (MPF) protocolou recurso, nesta segunda-feira (24), contestando a absolvição de Adriana Ancelmo. O juiz Sérgio Moro inocentou a esposa do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O recurso será encaminhado para o Tribunal Regional Federal da 4ª região, em Porto Alegre.

Adriana foi julgada em um processo da Operação Lava Jato que investigava o pagamento de propinas a Sérgio Cabral. Em sua sentença, Moro afirmou que não havia provas suficientes para condenar a ex-primeira-dama. O MPF questiona o juiz e pede que ela seja condenada por 47 crimes de lavagem de dinheiro e por receber parte da propina destinada ao seu marido. O recurso também pede a revisão da pena dada ao ex-governador, considerada menor do que o esperado.

Os benefícios ilegais vinham de empreiteiras favorecidas por Cabral em contratos da Petrobras com o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). As construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão faziam parte do consórcio. Além de Sérgio Cabral, seu ex-secretário de governo, Wilson Carlos Cordeiro de Silva Carvalho, e seu sócio, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, também foram condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Adriana Ancelmo permanece em prisão domiciliar no Rio de Janeiro.