MP-RJ pede afastamento de diretoria da CBF
Órgão considerou assembleia em março irregular por dar mais poder nos votos das federações
Henrique Gimenes - 24/07/2017 17h35 | atualizado em 25/07/2017 14h56
O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou, nesta segunda-feira (24), ação civil pública que pede que a diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seja afastada de suas funções. O MP-RJ alega que a entidade desrespeitou a Lei Pelé ao realizar uma assembleia deliberativa para reforma estatutária no dia 23 de março. Os integrantes dos clubes das séries A e B não foram convocados para a reunião. O cancelamento da assembleia também foi pedido na ação.
Segundo a argumentação do MP-RJ, ficou decidido na reunião que as federações teriam mais poder de voto do que os clubes. Os votos das 27 federações teriam peso três, os dos 20 clubes da Série A teriam peso dois e os dos 20 da Série B teriam peso um, o que impossibilitaria que os clubes alcançassem maioria. O Ministério Público criticou essa mudança nos valores dos votos. Na ação ainda é pedida a nomeação de um interventor judicial para a gestão da CBF até a decisão final do processo.