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MP investiga evento realizado por Fafá de Belém no Círio de Nazaré

Procedimento visa apurar supostas irregularidades em termo que citou projeto idealizado pela artista

Paulo Moura - 15/10/2025 13h14 | atualizado em 15/10/2025 13h58

Fafá de Belém Foto: Dilson Silva/AgNews

O Ministério Público do Pará (MP-PA) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na aplicação de R$ 1,569 milhão em recursos públicos que teriam sido destinados para a realização da edição de 2024 do projeto Varanda de Nazaré, evento tradicional promovido pela cantora Fafá de Belém durante o Círio de Nazaré, em Belém, capital paraense.

O promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo, responsável pelo caso, aponta que o inquérito visa “apurar supostas irregularidades na execução do Termo de Inexigibilidade de Chamamento Público n° 02/2024, celebrado entre a Fundação Cultural do Estado do Pará e a Programa Estadual de Incentivo a Cultura, dentre os quais o projeto 094-2024 denominado Varanda de Nazaré”.

O procedimento sobre o caso tramita atualmente na 1ª Promotoria de Tutela das Fundações Privadas, Associações de Interesse Social, Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial.

Um documento obtido pelo Pleno.News nos autos do procedimento aponta que o MP encaminhou no último dia 9 de outubro um ofício à cantora com diversos questionamentos relacionados ao caso, que deverá ser respondido em 10 dias úteis.

Solicitação de informações feita pelo MP do Pará Foto: Reprodução/MP do Pará

Entre as perguntas feitas pelo MP a Fafá estão se ela confirma ter idealizado o projeto cultural Varanda de Nazaré, qual foi a participação dela na execução do evento em 2024, e quem custeou as despesas com artistas que participaram do projeto no último ano.

Na edição mais recente, a Varanda de Nazaré teve a participação de personalidades como Dira Paes, Fábio Porchat, Gerson Camarotti, Tati Machado e Rafa Kalimann.

OUTRO LADO
Em nota, a Kaiapó Produções – empresa da cantora – e a própria Fafá afirmaram que apoiam as investigações e reforçaram que o evento é conduzido com transparência.

O comunicado diz ainda que a edição de 2024 não recebeu verbas da Lei Semear – que institui o Programa de Incentivo à Cultura – nem repasses do Governo do Pará, e que a citação do projeto no Diário Oficial foi resultado de um erro material, posteriormente corrigido em errata. Segundo a produtora, o evento contou apenas com apoio institucional do governo, restrito a aspectos estruturais, sem vínculo financeiro.

– A Varanda tem sido viabilizada por parcerias públicas e privadas firmadas de forma regular, com critérios técnicos, contratos formais e ampla prestação de contas aos órgãos competentes — o que reforça sua credibilidade e o reconhecimento que conquistou como referência nacional de valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica – completa a nota.

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