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Moraes manda periciar contas do PTB após denúncia de Eustáquio

Jornalista apontou suposto abuso de poder econômico por parte da presidente interina da sigla

Gabriela Doria - 14/10/2021 22h15 | atualizado em 15/10/2021 10h07

Roberto Jefferson e Oswaldo Eustáquio Foto: PTB Nacional/Weleson Nascimento

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal faça um “pente-fino” nas contas do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). A sigla é comandada pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que está preso por determinação de Moraes.

A ordem surgiu após o jornalista Oswaldo Eustáquio, expulso recentemente do partido, denunciar que a vice-presidente da legenda, Graciela Nienov, estaria praticando abuso de poder econômico com recursos públicos do Fundo Partidário.

Moraes quer apurar se a verba foi usada para financiar a propagação de fake news.

– A determinação decorre de ofício encaminhado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, que apura a disseminação de notícias fraudulentas pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, que, por meio de redes sociais, teria utilizado a estrutura do partido – explica o STF.

O ministro deu prazo de 30 dias corridos para a Polícia Federal fazer um levantamento minucioso das notas fiscais emitidas pela assessoria de marketing digital que presta serviços ao PTB.

DENÚNCIA DE EUSTÁQUIO
De acordo com a denúncia de Oswaldo Eustáquio, desde que assumiu a presidência interina do PTB, após a ausência de Roberto Jefferson, Graciela teria aumentado o próprio salário para R$ 33,8 mil – mais alto até do que o do presidente da República. Além disso, o partido agora arca com o aluguel de um flat em um condomínio para Graciela.

Eustáquio também citou na ação que a presidente interina do partido recebeu reembolso de R$ 1,2 mil gastos em lanches no hotel. O partido também estaria pagando por conta de celular, passagens aéreas, restaurantes de luxo e táxi, despesas dela que ultrapassam R$ 50 mil por mês.

O jornalista ainda questiona supostos “supersalários do PTB” e contratos com empresas para a realização de eventos promovidos pela legenda.

– Seis pessoas no partido recebem valores maiores do que o presidente da República. […] Vale lembrar que as contas do partido não são aprovadas desde 2016 e [que] uma ação no STF avalia afastar o presidente nacional do partido por essas incoerências financeiras realizadas por quem o cerca – destacou.

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