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Apresentador comentou sobre reunião que resultou na inclusão do autismo no Censo do IBGE

Gabriela Doria - 06/08/2019 18h56 | atualizado em 06/08/2019 18h59

Marcos Mion, Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro em reunião no Palácio do Planalto Foto: PR/Marcos Corrêa

O apresentador Marcos Mion comentou nesta terça-feira (6), em entrevista à radio Jovem Pan, sobre o encontro com o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A reunião resultou na inclusão de dados sobre autismo no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

– Eu fui achando que o governo ia usar a minha imagem para amenizar o ‘não’ para a comunidade autista, para eu ser um ‘porta-voz’ das más notícias, porque o Bolsonaro já tinha tuitado que não achava bom, a presidente do IBGE era contra, mas fomos lá ao gabinete – contou Mion, que é pai de Romeu, rapaz autista de 14 anos.

O apresentador conta que sua visita ao Palácio do Planalto foi um convite da primeira-dama, que viu uma publicação de Mion ao lado do filho Romeu.

– Bolsonaro olhou para mim e falou: ‘Mion, o que você veio fazer aqui?’. ‘Vim representar a minha comunidade’. ‘O que a comunidade quer?’. Nunca poderia imaginar, mas o presidente jogou a decisão para a minha mão. Eu poderia tomar a decisão que a maioria queria, de não colocar no Censo, colocar na PNAD, e agradar à maioria dos políticos e profissionais que estavam lá, ou eu poderia representar a comunidade autista – afirmou.

Ainda de acordo com o apresentador, ele se manteve firme em seu propósito.

– Falei: ‘Presidente, se você quer realmente pegar essas milhares de famílias no colo e fazer o que a comunidade quer, você vai sancionar essa lei. Deu um silêncio na mesa, porque estávamos há duas conversando e chegado à conclusão de que não ia ser no Censo, mas a comunidade autista queria o Censo. Falei: ‘É isso que você tem que fazer’. Ele falou: ‘Então tá bom, qual é o próximo assunto? – relembrou.

Mion também afirmou que seu partido é o autismo e que isto é independente de ideologia política. Ele reconheceu a importância de Michelle, envolvida nas causas de deficientes, para que o autismo fosse incluído no Censo.

– Se não fosse por ela, nada disso teria acontecido – destacou.

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