Henrique Gimenes - 14/09/2017 15h55 | atualizado em 14/09/2017 16h57

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou, nesta quinta-feira (14), ver “indícios do crime de obstrução de Justiça” pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). A informação está na autorização do ministro para a Polícia Federal (PF) cumprir mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a Maggi.

O ministro da Agricultura teria sido citado na delação premiada do ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e de seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa Araújo. Em sua decisão, Fux ressalta que “são veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi, José Aparecido dos Santos, Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior e Carlos Eduardo Avalone”.

O Ministério Público Federal havia descrito três situações específicas, que foram citadas por Fux em sua decisão, no pedido de busca e apreensão.

• Na primeira fase da operação Ararath, em novembro de 2013, documentos apreendidos “implicavam direta e indiretamente” Blairo Maggi
• Envolvimento na compra da retratação de Éder Moraes Dias, preso pela PF, que teria prestado depoimento ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT)
• Maggi teria oferecido vantagens indevidas a Silval Barbosa após sua prisão