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Natalia Lopes - 20/01/2019 22h54 | atualizado em 21/01/2019 10h25

Michelle Bolsonaro em entrevista ao Domingo Espetacular Foto: Divulgação

A primeira-dama Michelle Bolsonaro deu sua primeira entrevista após a posse presidencial. Ela falou sobre ter sido a primeira esposa de um presidente da República a discursar durante a cerimônia da posse, o que gerou uma quebra de protocolo.

– Foi um segredo bem guardado. As pessoas falam do marqueteiro, que ele acertou em cheio, mas não teve nada disso. Foi algo muito natural com uma paz vinda de Deus. Eu nunca me imaginei falando para uma população, eu não consigo falar nem na minha igreja. Foi um momento muito divino.

Michelle também comentou o fato da família ter se mudado do Rio de Janeiro para o Palácio da Alvorada, em Brasília. Ela nasceu no distrito de Ceilândia, há 20 quilômetros da capital do governo.

– Estou muito feliz de ter retornado. Eu adoro o clima de Brasília, mas me adaptei bem ao Rio de Janeiro e sinto falta da minha casinha. A escolha do palácio foi pela logística da escola das meninas e do trabalho dele (Bolsonaro).

Michelle Bolsonaro em entrevista ao Domingo Espetacular Foto: Divulgação

A família está na nova casa há cerca de 20 dias e Michelle revelou que ainda não consegue chamar o espaço de casa. Ela também falou sobre a difícil adaptação e das noites de insônia dela e do presidente.

– As primeiras noites foram em claro. Cama nova, sem os nossos travesseiros. Então, realmente não foi fácil, mas estamos nos adaptando. A Laura tem uma alegria muito grande, adora a natureza. Para as meninas está sendo bem mais fácil – disse ao Domingo Espetacular, da Record TV.

Michelle também falou sobre a amiga Priscila Gaspar, a primeira pessoa surda a ocupar um cargo no governo. Ela foi nomeada em uma função na Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência.

– Ela tem um currículo invejável. É uma surda bilingue e professora da PUC-SP. Foi uma maldade, como se eu estivesse fazendo a farra das amigas, como se eu estivesse beneficiando amigas, mas não foi isso.

SOBRE AS CRÍTICAS DE QUE O DISCURSO FOI MARKETING
Eu fico um pouco triste, mas as pessoas não sabiam. Nem o cerimonial sabia. Foi tudo muito natural. É ruim quando as pessoas te criticam por algo que você não fez. Se o meu marido tivesse falado que não teria como fazer eu ficaria triste, mas eu teria que aceitar. Mas tudo contribuiu para o discurso.

QUANDO SURGIU A IDEIA DO DISCURSO
Foram 10 dias antes. Eu e a intérprete sentamos e elaboramos o discurso, mas era um segredo meu e dela, meu marido não sabia. O momento de contar para o cerimonial foi um dia antes da posse. Fomos ao parlatório ensaiar e o cerimonial ficou sabendo. O presidente soube duas horas antes. Comuniquei, ele disse que tudo bem e sugeriu que eu falasse antes.

DESFILE EM CARRO ABERTO
Eu fiquei sabendo quando eu cheguei e vi o carro. Eu estava bem tranquila nesse momento, já tinha chorado tudo um dia antes. Ali foi a concretização de um sonho, eu estava bem conectada com Deus.

HINO EM LIBRAS
Foi um momento ímpar, algo inexplicável. Eu praticamente briguei por esse momento. Eu tenho muito amor por eles (surdos), eu precisava desse momento para mostrar o meu amor por eles.

RESPONSABILIDADE SOBRE A INCLUSÃO
Se acabasse agora eu já estava muito feliz. Eu tenho recebido muitas mensagens, muitos vídeos de surdos sendo abordados. Não é difícil, é só olhar pela causa. Eu estou educando as pessoas a respeitarem os direitos que eles já conseguiram.

MINORIAS
O início foi com a comunidade surda, mas acabou englobando pessoas com deficiências, síndromes e doenças raras. Essa é a minha bandeira, essa é a minha luta, eu sei que tenho esse chamado. A comunidade surda está lutando há anos e nada acontece por eles.

ORIGEM NA PERIFERIA
Eu cresci no meio de traficantes e eram os meus amigos. Nós crescemos juntos e cada um tomou um caminho. Eu vi vários amigos morrerem com 13, 14 anos. Não é apenas escolha, é oportunidade também.

LEGADO
Eu quero deixar um legado de ajudar, de ser sensível às causas. De você poder olhar a quem precisa. Ajudar o próximo sem olhar a quem. Eu quero fazer a diferença.

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