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Mesmo com acordo, greve dos caminhoneiros continua

Uma das representantes da categoria não assinou o compromisso firmado nesta quinta

Camille Dornelles - 25/05/2018 07h56 | atualizado em 25/05/2018 12h54

Greve dos caminhoneiros continua Foto: EBC/Antonio Cruz

Mesmo após o acordo anunciado nesta quinta-feira (24) pelo governo federal, as manifestações dos caminhoneiros continuam nesta sexta (25). Há paralisação das rodovias de todos os estados e no Distrito Federal.

Além da continuidade da greve, as cidades sofrem com escassez de alguns serviços, como alimentação, combustível, frotas de transporte público, abastecimento e segurança. Algumas escolas suspenderam as aulas e hospitais sofrem com falta de materiais e medicamentos.

O acordo feito entre caminhoneiros e o governo nesta quinta deveria suspender as manifestações durante 15 dias. No momento da assinatura do documento, a União Nacional dos Caminhoneiros, uma das representantes da categoria, não aderiu.

Além disso, os caminhoneiros autônomos afirmaram que o acordo não foi aceito por eles. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, os motoristas estão indignados com a decisão tomada.

– São uns aproveitadores que não falaram com a gente antes da greve e chegaram agora, quando já estava tudo parado. São 14 itens que a gente nem conhece. O principal é a redução do diesel, mas não essa esmola temporária de 15 centavos – afirmou o caminhoneiro Aguinaldo José de Oliveira, de 40 anos, ao jornal.

Entre os principais pontos da proposta estão:

  • Reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) no diesel para este ano;
  • Ampliar a redução do preço do diesel, anunciada pela Petrobras, de 15 para 30 dias (o governo irá ressarcir a Petrobras pelo custo);
  • Reajustes no preço do óleo diesel serão realizados no mínimo após 30 dias;
  • Isentar a cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de caminhões;
  • Não reonerar a folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas.

As seguintes entidades assinaram o acordo:

  • Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA);
  • Confederação Nacional do Transporte (CNT);
  • Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens);
  • Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Distrito Federal (Sindicam-DF);
  • Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg);
  • Federação Interestadual dos Transportes Rodoviários Autônomos de Cargas e Bens da Região Nordeste (Fecone);
  • Federação dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetramig);
  • Federação dos Transportadores Autônomos de Carga do Espírito Santo (Fetac-EC).

*Atualizada às 12h41

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