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Menina morta por mãe e madrasta comia comida estragada

Ketelen era forçada a comer alimentos estragados como castigo

Gabriela Doria - 27/04/2021 18h46 | atualizado em 27/04/2021 18h48

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha morreu após ser brutalmente espancada pela mãe e pela madrasta Foto: Reprodução

A menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, morta no último sábado (24) após ser brutalmente espancada pela mãe e pela madrasta, vivia uma rotina de fome, surras e castigos. Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, mãe da menina, confessou que castigava a filha fazendo ela comer comida estragada e pães mofados. Ketelen fazia apenas de uma a duas refeições por dia.

O crime aconteceu em Porto Real, próximo à cidade de Resende, no Rio de Janeiro.

Segundo o jornal o Globo, Ketelen foi espancada em quatro ocasiões, entre os dias 16 e 18 de abril. Gilmara e a companheira, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos, chegaram a chicotear a menina com um cabo de TV. Em outro episódio, Ketelen levou chutas na barriga e teve a cabeça batida em um parede até desmaiar.

Gilmara e Brena foram presas horas após darem entrada com a criança no hospital. Elas irão responder por homicídio.

Durante o interrogatório, as duas afirmaram que se conheceram na internet e viviam juntas há pouco mais de um ano. Gilmara e Brena também trocaram acusações sobre quem agredia mais Ketelen.

CRIANÇA APANHOU POR BEBER LEITE
De acordo com Rosângela Nunes, mãe de Brena, que também vivia na casa com Ketelen e Gilmara, a criança começou a ser espancada no dia 16 de abril, por ter bebido de uma caixa de leite que acabou caindo no chão. Rosângela afirmou que a menina tomou o leite porque estava “desesperada de fome”, já que sua alimentação se baseava apenas a café e farinha.

A primeira sessão de espancamento ocorreu às 19h daquele dia, quando Ketelen foi atirada do alto de um barranco de 7 metros, que fica atrás da casa onde ela vivia. Brena disse no depoimento que fez isto a mando de Gilmara. Quatro horas depois, Ketelen foi pisoteada, chicoteada com um cabo de televisão e jogada contra uma parede.

Gilmara acusou Brena pela tortura, e admitiu ter participado “apenas” da série de chicotadas e tapas no rosto da filha.

Por volta das 20h do dia 17, as agressões recomeçaram, desta vez porque Ketelen ainda não havia adormecido. Por este motivo, a criança foi novamente chicoteada, chutada e teve a cabeça batida na parede até desmaiar.

A última agressão aconteceu na noite do dia 18, quando a vítima levou chutes e socos até sangrar. Gilmara acusou Brena de ter desferido os golpes. Brena culpou a companheira.

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