Leiliane Lopes - 31/12/2022 21h56 | atualizado em 02/01/2023 17h08

Os manifestantes que estão, neste sábado (31), em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, acompanharam atentamente a fala do presidente em exercício, Hamilton Mourão. Ele rejeitou a ideia de intervenção federal e pediu para que eles voltem para suas casas.

O discurso do senador eleito causou tristeza ao apoiadores de Jair Bolsonaro, mas assim que a transmissão foi desligada, vários líderes subiram ao palco montado na porta do QG para incentivar os manifestantes a não desistirem.

– Mourão representa o Poder Executivo e nossa solução não está no Executivo, está nas Forças Armadas – disse um homem que teve o direito de falar a centenas de pessoas que estavam presentes.

Um pastor também falou aos manifestantes, pediu para que eles não fossem para outras áreas da capital federal, pois ele teve uma visão de mortes, sangue e muitas moscas.

– Aqui é o lugar que nós devemos ficar – avisou o religioso, temendo um confronto entre os apoiadores de Bolsonaro com os eleitores de Lula que estão chegando em Brasília para assistir a posse.

Uma mulher ensaiou com os presentes um novo grito de guerra dizendo que o lugar deles é no QG.

– Nosso lugar é no QG – disse ela e pediu a todos que repetissem onde eles devem permanecer nos próximos dias.

Neste sábado completou 61 dias que há pessoas acampadas na porta do Exército. Para celebrar a virada do ano, as barracas de alimentos preparam uma ceia com comidas e muitas frutas.

As imagens de um live mostravam ainda que espaços do acampamento foram decorados com árvore e luzes de Natal e uma grande fotografia de Jair Bolsonaro fazia parte da decoração natalina.

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