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Malafaia quer classificação de 18 anos para Queermuseu

Entidade presidida pelo pastor entrou com representação no MP pedindo a idade mínima

Henrique Gimenes - 09/08/2018 20h51 | atualizado em 10/08/2018 21h30

Exibição Queermuseu foi criticada por obras heréticas Foto: Divulgação

Após a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, no Rio de Janeiro, decidir abrir a exposição Queermuseu sem veto a crianças na entrada, o pastor Silas Malafaia resolveu tomar um atitude. Associação Vitória em Cristo (Avec), presidida por ele, protocolou uma representação no Ministério Público (MP) para que a mostra tenha classificação indicativa de 18 anos.

No texto, a Avec menciona o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e uma Portaria do Ministério da Justiça para pedir que seja determinada uma classificação indicativa adequada ao conteúdo. A entidade argumenta que, “considerando toda a controvérsia sobre o tema, bem como a natureza de parte das obras presentes na exposição ‘Queermuseu’, que, além de forte abordagem quanto ao homossexualismo, apresenta cenas de pedofilia, pornografia, zoofilia, além de desrespeito a figuras religiosas”, a medida é necessária.

No pedido, foram anexadas fotos de três obras da exposição, “Cruzando Jesus Cristo Deusa Schiva”, de Fernando Baril, “Travesti da lambada e deusa das águas” de Bia Leite e “Cena de interior II”, de Adriana Varejão. Em suas redes sociais, Silas Malafaia deixou claro que o pedido é apenas uma classificação, e não uma censura.

A exposição será aberta no dia 18 de agosto. Ao jornal O Globo, o diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Fabio Szwarcwald, disse que serão colocados avisos em todas as saladas informando que a mostra não é sugerida para menores desacompanhados de seuss pais ou responsáveis

Queermuseu ficou conhecida após um boicote ao Santander Cultural, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela continha obras que mostravam cenas de heresia, zoofilia e pedofilia. Após os protestos alegando que se tratava de “conteúdo obsceno e blasfemo”, a instituição cancelou a exibição.

Logo após, instituições do Rio de Janeiro mostraram interesse em expor a obra e foram alvos de críticas. O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, chegou a proibir que a exposição fosse montada nos museus públicos.

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