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PF prende "Paulo Preto", ex-diretor da Dersa, por desvio de recursos

Virgínia Martin - 06/04/2018 10h20 | atualizado em 06/04/2018 12h22

Uma das primeiras investigações analisou a inclusão de seis empregadas da família de Paulo Preto, beneficiadas pelo assentamento Foto: Agência Senado

Nesta manhã de sexta-feira (6), o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso pela Polícia Federal. Ele trabalhou na direção da empresa quando José Serra (PSDB) foi governador de São Paulo.

Detido em sua casa na capital paulista, Paulo Preto foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por desviar dinheiro na estatal. As investigações apontaram desvios de recursos entre os anos de 2009 e 2011, fazendo um total de R$ 7,7 milhões.

A ordem de prisão veio da 5ª Vara Federal de São Paulo após um pedido da força-tarefa da Lava Jato. Como réu, Paulo Preto responde pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação. E ainda segundo o Ministério Público da Suíça, foram encontradas contas de offshores que somam R$ 113 milhões, tendo Paulo Preto como titular.

ESQUEMA
De acordo com as investigações, o esquema montado por Paulo Preto fraudava o cadastro de moradores, que foram desalojados por obras da Dersa e que seriam reassentados em outros locais. Uma das primeiras investigações analisou a inclusão de seis empregadas da família de Paulo Preto, beneficiadas pelo assentamento, como se fossem moradoras nas casas ocupadas pelas obras.

A suspeita do Ministério Público Federal é que aproximadamente 1.800 pessoas foram inseridas indevidamente nos programas de reassentamento. As obras abrangeram o trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.

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