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Lula se entrega à PF para cumprir a prisão

Ex-presidente foi condenado a 12 anos por lavagem de dinheiro e corrupção passiva

Henrique Gimenes - 07/04/2018 18h50 | atualizado em 07/04/2018 19h11

Ex-presidente Lula se entrega à Polícia Federal Foto: EFE/Sebastiao Moreira

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregou, neste sábado (7), à Polícia Federal (PF). A apresentação aconteceu mais de 24 horas após o prazo dado pelo juiz federal Sérgio Moro. Lula agora seguirá para cumprir sua pena na prisão.

No momento em que iria deixar o sindicato com a PF, o ex-presidente teve que desistir e voltar ao edifício. Manifestantes bloquearam a passagem do carro. No entanto, após os pedidos de lideranças, Lula acabou conseguindo passar pelos manifestantes e deixar o prédio do Sindicato.

Mais cedo, o ex-presidente realizou seu primeiro discurso público após ter sua prisão decretada. Ele falou na sede do Sindicato do Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, São Paulo.

No discurso, que durou 55 minutos e aconteceu durante a missa para sua esposa, Marisa Letícia, o ex-presidente Lula confirmou que iria acatar o pedido de prisão além de fazer críticas à imprensa, à Justiça e desafiar Sérgio Moro. Após o ato, o ex-presidente ainda voltou para o sindicato, descansou e almoçou com aliados e familiares.

A PF informou que irá manter o processo sobre a prisão de Lula em sigilo.

Ordem de Prisão

Na quinta-feira (5), o juiz Sérgio Moro determinou a prisão de Lula e definiu que ele deveria se entregar à PF até as 17h desta sexta. No despacho, o magistrado afirmou que “em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-Presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”.

Em janeiro, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a condenação de Lula no processo relativo ao tríplex do Guarujá e aumentou a pena para 12 anos e um mês. O juiz Sérgio Moro havia condenado o ex-presidente a nove anos e seis meses no ano passado.

Na acusação, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que Lula teria recebido propina da empreiteira OAS por meio do imóvel localizado no Guarujá, em São Paulo. Ele é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O ex-presidente, no entanto, nega as acusações.

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