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Lula: Com ‘orçamento secreto’, Lira manda mais que Bolsonaro

Ex-presidente disse ainda que Bolsonaro está "fragilizado" diante do Congresso

Gabriela Doria - 10/03/2022 15h21 | atualizado em 10/03/2022 15h57

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou gestão Bolsonaro Foto: EFE/Isaac Esquivel

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em evento com mulheres de movimentos sociais, nesta quinta-feira (10), que o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) passou a ter mais poder que o próprio presidente Jair Bolsonaro. A razão é o “orçamento secreto”.

Para o petista, Lira ganhou poder no momento em que se tornou responsável por distribuir as verbas para investimentos no país.

– As instituições estão feridas. Muitas vezes, eu fico pensando onde nós chegamos. O Congresso Nacional chegou a construir um orçamento secreto em que o presidente da Câmara (Lira) tem mais poder na política de investimento nesse país do que o presidente da República – disse.

Ainda segundo Lula, que usou um velho bordão de sua gestão, “nunca na história desse país” houve um presidente “tão fragilizado diante do Congresso Nacional, tão incompetente”.

– Me parece que ele (Bolsonaro) foi preparado a vida inteira para falar bobagem, para mentir, para ofender, para agredir, para provocar. É um presidente que nunca fez um gesto lendo um caderno mas só um gesto de vender arma é de dar tiro, é de metralhadora, é de fuzil. O Brasil não precisa disso – disse o petista.

ELEIÇÕES: DIFERENÇA ENTRE LULA E BOLSONARO DESPENCA
Uma pesquisa de intenção de voto para presidente da República divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas, nesta quarta-feira (9), apontou uma redução da diferença entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os meses de fevereiro e março deste ano. De acordo com os números, os dois estariam separados por um intervalo de menos de oito pontos percentuais.

Na análise estimulada feita em fevereiro, Lula aparecia, segundo a pesquisa, com 40,1% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro estava com 29,1% da preferência do eleitorado. Já nos números apresentados nesta quarta, o petista caiu para 39% enquanto o atual presidente da República teve alta de dois pontos percentuais e atingiu a marca de 31,1%.

Entre os outros candidatos, o destaque ficou para a queda acentuada da preferência do ex-juiz Sergio Moro, que viu seu “eleitorado” cair de 10,1% para 7,5% entre fevereiro e março. Enquanto isso, Ciro Gomes (PDT) foi no sentido inverso e subiu pouco mais de um ponto percentual, saltando de 5,6% para 6,9% das intenções de voto.

ANÁLISE ESPONTÂNEA
Na pesquisa espontânea, quando a lista de candidatos não é apresentada ao entrevistado, a diferença entre Bolsonaro e Lula é ainda menor que na estimulada. De acordo com o instituto, Lula teria 25,8% da preferência contra 21,3% de Bolsonaro. Todos os outros candidatos, que incluem nomes como os de Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), somam, juntos, 5%.

SEGUNDO TURNO
No cenário de segundo turno envolvendo Lula e Bolsonaro, o Instituto Paraná Pesquisas apontou uma queda de quase seis pontos percentuais na diferença entre os dois na comparação entre fevereiro e março. De acordo com os números, o petista caiu de 48,8% para 46%, enquanto Bolsonaro avançou de 34,4% para 37,3%.

A PESQUISA
A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas foi feita entre os dias 3 e 8 de março, em 164 municípios dos 26 estados e o Distrito Federal, por meio de entrevistas pessoais presenciais com 2.020 eleitores e contendo uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o n° BR-06682/2022.

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