Camille Dornelles - 28/10/2017 09h48 | atualizado em 29/10/2017 10h07

Neste sábado (28), acontece a primeira feira de adoção do Instituto Luisa Mell na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O evento acontece no estacionamento do Barra Shopping, na Zona Oeste, das 10h às 18h.

Pensando em evitar o tumulto e as críticas sofridas em sua feira de adoção em São Paulo no Dia Mundial dos Animais – quando diversos adotantes reclamaram da falta de cães de raça e foram embora sem levar nenhum – a ativista declarou, de antemão, que os animais na feira não são de raça.

A médica veterinária Larissa Paladino, do Rio de Janeiro, trabalha com adoção de animais resgatados e declarou ao Pleno.News que é comum esta indignação de alguns adotantes, mas que os cuidadores não têm obrigação de declarar se são de raça ou não.

– Até para doação de gatinhos, que é a que mais fazemos, tem pessoas que pedem por animais de raça. A gente diz que não trabalhamos assim por serem animais resgatados – disse Larissa, que também comentou o caso da feira em São Paulo.

– As cuidadoras com quem trabalhamos e eu ficamos bastante indignadas, mas isso acontece mesmo, infelizmente. E no caso dela, os cães de raça resgatados ainda estavam em tratamento. Nem havia tempo suficiente para eles poderem ir para a doação – explicou.

O tempo de tratamento depende da doença com a qual o animal vem. Se o animal estiver saudável o tratamento dura pelo menos uma semana e é monitorado para verificar se apresenta algum sintoma, segundo a veterinária.

Na feira, o adotante passa por uma entrevista antes de ser aprovado a levar o bichinho para casa. O evento também terá uma lojinha com produtos do Instituto Luisa Mell e a renda será convertida ao Paraíso dos Focinhos, que trabalha com o resgate de animais.

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