Gabriela Doria - 08/06/2021 19h36 | atualizado em 08/06/2021 19h37

A infectologista Luana Araújo, ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 na última semana, desmentiu a versão dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre não ter sido efetivada como secretária de Enfrentamento à Covid-19 – mesmo após ter sido anunciada publicamente por Queiroga.

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, Luana manteve a versão que deu à CPI de que, na ocasião, Queiroga justificou que seu nome não foi efetivado na pasta porque não havia sido aprovado pelo governo federal.

Nesta terça-feira (8), durante novo depoimento à CPI da Covid, Queiroga mudou a versão que havia dado inicialmente sobre não efetivar Luana no cargo.

– Entendi que, naquele momento, a despeito da qualificação que a doutora Luana tem, não seria importante a presença dela para contribuir para harmonização desse contexto. Então, no ato discricionário do ministro, decidi não efetivar a sua nomeação – afirmou.

Após a declaração do ministro, Luana aproveitou para voltar a criticar o governo.

– Acho que, diante de tudo exposto hoje, a realidade é translúcida. Meu posicionamento pró-ciência é desagregador. O comportamento agregador, nesta esfera de governança, é o anticiência. Portanto, minha presença, de fato, não tinha cabimento – disse à coluna.

A infectologista disse ainda que aceitaria, caso fosse convocada, uma acareação com o ministro Queiroga para a comparação das versões dadas. A acareação já é defendida por alguns detratores do governo.

– Como poderia fugir disso? Se necessário, lá estarei – disse a médica, destacando que sua versão “foi o que aconteceu”.

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