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Cortina de plástico permite dar abraços em idosos no asilo

Familiares e terapeuta falam sobre a medida e a saúde emocional dos mais velhos

Pleno.News - 03/07/2020 10h23 | atualizado em 03/07/2020 10h50

Mais de 100 dias sem receber o abraço da família, idosos isolados de São Paulo puderam mais uma vez tocar os queridos graças a uma ideia que foi posta em prática em vários asilos da cidade, a cortina de abraços.

Uma cortina de plástico com abertura para colocar os braços foi instalada para que familiares pudessem ver, beijar e abraçar seus idosos. Uma delas é a casa Anni Azurri Vida e Lar, onde mora o senhor Wanderley Moraes, de 82 anos.

– Este é um mimo para o coração e estávamos precisando – declarou a paulistana Maria Paula Moraes, filha de Wanderley.

Visitantes a anciãos devem usar luvas e máscaras e passar por uma higienização com álcool gel antes de ir para a cortina de abraços. O plástico da cortina também é higienizado após cada visita. A terapeuta ocupacional Mayara Martins, de 32 anos, defende que é necessária uma medida como essa para preservar o emocional dos idosos, além de sua saúde.

– Não estamos conseguindo ver quanto tempo esta pandemia vai durar, podem ser muitos meses. É necessário pensar em novas estratégias para que essas pessoas consigam sobreviver a isso – declarou.

O criador da cortina de abraços é o empreendedor Bruno Zani, decorador de eventos. Com o fim das celebrações, ele ficou com tempo livre e preocupado com os residentes do asilo, que costumava presentear com arranjos que sobravam das festas.

– Fiquei preocupado, então me veio a ideia de promover outro tipo de carinho aos idosos. Conversei com geriatras, médicos e psicólogos antes de materializar a ideia da cortina de abraços – detalhou.

*Com informações da Agência EFE

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