Líder diz que caminhoneiros são impedidos de trabalhar
Presidente da Abcam afirmou que intervencionistas querem derrubar o governo e não deixam greve acabar
Henrique Gimenes - 28/05/2018 18h44 | atualizado em 28/05/2018 18h52

Para acabar com a greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer anunciou, neste domingo (27), diversas medidas que eram solicitadas pelos manifestantes. Entre elas estava a redução do preço do diesel, que irá reduzir R$ 0,46. O custo será de R$ 13,5 bilhões para os cofres públicos. No entanto, mesmo com o acordo, a greve ainda não terminou.
O presidente da Associação Brasileira do Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse, nesta segunda-feira (28), que os motoristas querem voltar ao trabalho, mas são impedidos por “intervencionistas” que procuram “derrubar o governo”. Ele informou que irá repassar o nome dessas pessoas para as autoridades.
– Não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas aí e eu vi isso aqui em Brasília, e eles estão prendendo caminhão em tudo que é lugar (…) São pessoas que querem derrubar o governo. Não tenho nada a ver com essas pessoas e nem os nossos caminhoneiros autônomos têm. Mas estão sendo usados para isso – ressaltou.
José da Fonseca Lopes considerou ainda que as medidas anunciadas por Temer resolvem o “problema da categoria tranquilamente”, mas que, devido ao fato do Brasil ser enorme, leva um tempo para que a categoria compreenda.
– Não acabou ainda porque estamos num país continental e isso aí demanda uma série de situações, algumas informações para a pessoa começar a entender que realmente toda a negociação feita atingiu a necessidade deles – destacou.
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