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Lava Jato nega que Deltan mandou investigar Toffoli

Força-tarefa afirmou que respeita as instituições

Gabriela Doria - 01/08/2019 19h07

Deltan Dallagnol é acusado de mandar investigar ministro Dias Toffoli Foto: PT/Lula Marques

A força-tarefa à frente da Operação Lava Jato em Curitiba afirmou nesta quinta-feira (1º) que seu coordenador, o procurador Deltan Dallagnol, nunca pediu à Receita Federal que investigasse ministros do Supremo Tribunal Federal ou seus familiares e não conhece os auditores responsáveis por investigações de contribuintes.

Na nota distribuída nesta quinta, a força-tarefa afirma que as investigações conduzidas pelo grupo sempre se restringiram aos assuntos de sua competência e aos casos sujeitos à jurisdição da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde estão os processos ligados ao esquema de corrupção descoberto na Petrobras.

– As informações sobre detentores de foro privilegiado que chegaram ao grupo sempre foram repassadas à Procuradoria-Geral da República, como determina a lei. Algumas dessas informações chegaram à força-tarefa porque ela desempenha o papel de auxiliar da PGR na elaboração de acordos, mas nunca por causa de investigações – esclareceu nota.

A força-tarefa também reforçou que respeita a hierarquia das instituições.

– Os procuradores da República confiam nas instituições e respeitam os integrantes do STF. Além disso, eles não reconhecem as mensagens oriundas de crime cibernético e que têm sido usadas, de forma editada ou fora de contexto, para embasar acusações e intrigas que não correspondem à realidade – afirmou.

Como a Folha de S.Paulo e o site The Intercept Brasil revelaram nesta quinta, mensagens trocadas pelos procuradores da Lava Jato em 2016 mostram que Deltan incentivou colegas em Brasília e Curitiba a investigar o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF, o escritório de advocacia de sua mulher e a mulher do ministro Gilmar Mendes.

Ministros do STF não podem ser investigados por procuradores da primeira instância, como Deltan e os outros integrantes da força-tarefa. A Constituição diz que eles só podem ser investigados com autorização do próprio tribunal, onde quem atua em nome do Ministério Público Federal é o procurador-geral da República.

*Ricardo Balthazar/Folhapress

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