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Lagosta e vinhos! TCU cobra STF após cardápio luxuoso

Órgão quer informações sobre licitação para contratar serviço gastronômico para os membros da Corte

Henrique Gimenes - 03/05/2019 14h44 | atualizado em 03/05/2019 16h47

Ministro Dias Toffoli e ministro Gilmar Mendes Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma licitação para a compra de itens luxuosos como lagosta e vinhos para um menu gastronômico, o Tribunal de Contas da União (TCU) resolveu se manifestar. O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, quer que a Corte se explique.

A licitação para a contratação do buffet foi aberta pelo Supremo na última sexta-feira (26) e trazia, entre os itens, medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada, bobó de camarão, camarão à baiana, bacalhau a Gomes de Sá e mais. Já as bebidas deveriam ser “perfeitamente harmonizadas com os alimentos”, com espumantes e vinhos de seis variedades diferentes.

Em sua representação, Lucas Rocha Furtado afirmou que a notícia sobre o menu teve “forte e negativa repercussão popular” e que “não causa surpresa: os requintados itens que compõem as tais ‘refeições institucionais’, previstos no Pregão Eletrônico 27/2019, contrastam com a escassez e a simplicidade dos gêneros alimentícios acessíveis – ou nem isso – à grande parte da população brasileira que ainda sofre com a grave crise econômica que se abateu sobre o país há alguns anos”.

Para o procurador, é preciso “apurar a ocorrência de supostas irregularidades nos atos da administração do Supremo Tribunal Federal que visam à ‘contratação de empresa especializada para prestação de serviços de fornecimento de refeições institucionais, por demanda, incluindo alimentos e bebidas'”.

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