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Lacombe: ‘Sou um jornalista posicionado e não um militante’

Apresentador foi o convidado da live do Pleno.News desta terça-feira

Gabriela Doria - 02/02/2021 19h09 | atualizado em 04/02/2021 17h17

Luís Ernesto Lacombe foi o convidado da live do Pleno.News Foto: Reprodução

O apresentador Luís Ernesto Lacombe, do programa Opinião no Ar, da RedeTV!, foi o convidado da live do Pleno.News desta terça-feira (2). Polêmico e alvo de críticas por supostamente atuar em defesa do governo Jair Bolsonaro, Lacombe, que tem 33 anos como jornalista, comentou sobre o atual governo, fez duras críticas aos tradicionais veículos de comunicação e ainda explicou o que pensa sobre conservadorismo e progressismo e as razões pelas quais se identifica como uma pessoa conservadora.

Acusado pela oposição ao atual governo e até por parte de colegas de profissão de ser um defensor de Jair Bolsonaro, Lacombe rejeitou as críticas e se definiu como um profissional “posicionado” e não um “militante”.

– Eu não faço militância, eu me posiciono. É totalmente diferente você ser um jornalista posicionado e um jornalista militante. Eu trabalho com fatos. O militante tem uma ideia, ele é passional. Grande parte da imprensa odeia o Bolsonaro, então irá trabalhar para manter essa imagem. A nossa imprensa tem, em grande parte, um pensamento fixo pronto, não aceita a derrota nas urnas. É como o [colunista] JR Guzzo fala, [eles] agem como um partido político derrotado nas eleições e trabalham nessa militância. […] Abrem mão do bom senso, do senso crítico, de fatos, da verdade. O jornalista posicionado é completamente diferente, ele trabalha com fatos para mostrar sua posição – defendeu Lacombe.

Com passagens por grandes veículos de comunicação, como a TV Globo e a Band, Lacombe fez uma análise da crescente rejeição às tradicionais empresas de comunicação. Para ele, estes veículos “não aceitam que perderam o monopólio da verdade” nos últimos anos.

– As pessoas estão muito acostumadas aos veículos tradicionais, e neles há a questão comercial, etc. E eles [grandes veículos] não aceitam que deixaram de ter o monopólio da informação, o monopólio da verdade, com [a chegada das] redes sociais, com veículos alternativos como o Pleno.News e, principalmente, a mídia eletrônica – apontou.

O veterano, que comanda o Opinião no Ar – programa de debates que envolve temas da atualidade, incluindo política -, indicou ainda qual seria o “caminho ideal” para a coexistência das diversas linhas editoriais existentes no jornalismo.

– Eles [grande imprensa] precisam entender e respeitar os fatos e as verdades, [é preciso] abandonar essa guerra. Vamos debater ideia. Eu tenho no meu programa a Amanda Klein, que é progressista. Nós sempre discordamos, mas eu prefiro que a gente tenha um debate saudável, tem que ser por aí – avaliou.

Pleno.News Entrevista
Luís Ernesto Lacombe
por Pleno.News - 04/02/2021

O apresentador, que se declara abertamente conservador, também fez questão de desmistificar a ideia do conservadorismo. Para ele, as pessoas desconhecem o que verdadeiramente é uma pessoa conservadora.

– O mundo foi construído sobre bases conservadoras, de respeito à família, com valores e princípios. As pessoas ignoram o que é o verdadeiro conservadorismo, acham que se trata de uma pessoa parada no tempo. A gente quer preservar nossos princípios, valores e bases, e também quer manter o que funciona e melhorar o que não funciona. […] É uma ignorância total chamar o conservador de extremista. Pelo contrário, ele não prega rupturas ou revolução, o conservador funciona com a prudência – explicou.

O jornalista aproveitou ainda para fazer um contraponto entre conservadorismo e progressismo, apontando falhas históricas na ideologia baseada nos pilares do marxismo e do socialismo.

– O progressismo, que é o novo nome do marxismo e do socialismo, prega um mundo que nunca deu certo em lugar nenhum, em época nenhuma, é uma utopia. É um mundo que se supõe igualitário, só que se você supõe igualdade para todos, já se elimina a liberdade, pois temos que ter a liberdade de ser diferente, de ter aptidões e inteligências diferentes. Essa ideia de que é preciso oferecer condições e oportunidades iguais, eu até concordo, mas a partir de um certo ponto, não tem como ficar como “Robin Hood”, tirando dos ricos e dando para os mais pobres, compensando os fracassados e invejosos. Isso não deu certo, não existe e não vai funcionar – destacou.

* Você pode ouvir a entrevista com Luís Ernesto Lacombe em podcast no Pleno.News, no Spotify, na Deezer, no Google Podcasts e no Apple Podcasts.

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