Pierre Borges - 17/03/2021 14h44 | atualizado em 17/03/2021 15h48

Devido a um erro da Polícia Federal, o governo federal terá de pagar uma indenização de cerca de R$ 50 mil ao bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). A ordem foi emitida pela juíza Regilena Emy Fukui Bolognesi, da 11ª Vara Cível Federal de São Paulo.

Em 2012, quando estava prestes a embarcar para Portugal, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o bispo foi impedido de viajar pela PF. Isso porque o nome de Macedo havia sido incluído, por engano, na lista do Sistema Nacional de Procurados e Impedidos.

Na época, a Justiça havia determinado que ele não poderia deixar o país, mas a ordem foi revogada. Ele havia sido acusado pelo Ministério Público Federal de crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. A confusão aconteceu porque a PF não atualizou o cadastro. Macedo entrou com uma ação exigindo indenização ao Estado por danos morais.

– Ele tomou um grande susto. Houve chacotas e cochichos [no aeroporto] – disse a defesa do bispo, que alegou que a situação gerou um constrangimento “cruel” e “grave”.

Edir Macedo só conseguiu embarcar após mostrar cópia da ordem de revogação, horas mais tarde.

O fundador da Universal conseguiu embarcar somente horas depois, quando conseguiu mostrar cópia da ordem de revogação da proibição à PF.

O valor da indenização originalmente era de R$ 30 mil reais; entretanto, foi para R$ 50.151,29 após contabilização de juros e correção monetária, feita pela equipe de Macedo. A União, no entanto, recorreu alegando que o valor correto seria R$ 42.247,20, mas o recurso ainda não foi analisado.

Leia também1 Urach processa Universal a fim de resgatar R$ 2 milhões doados
2 Nova rede social Vocl promete ser "lugar seguro" e sem censura
3 "Dr. Queiroga reza pela mesma cartilha", afirma Pazuello
4 Favelas: 68% dos moradores não têm dinheiro para comida
5 Supremo nega a Cunha acesso a mensagens liberadas para Lula