Justiça Federal aumenta pena de José Dirceu para 30 anos
Ex-ministro foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Camille Dornelles - 26/09/2017 12h07 | atualizado em 26/09/2017 15h00
Mais nove anos e 11 meses. Esse foi o tempo adicionado à sentença do ex-ministro José Dirceu nesta terça-feira (26). A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre, após análise da acusação em segunda instância.
Em maio de 2016, o juiz Sérgio Moro condenou, em primeira instância, Dirceu a 23 anos e três meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foi a maior pena registrada dentro da Operação Lava Jato, mas, em junho, foi reduzida para 20 anos e dez meses.
Dirceu chegou a cumprir 1 ano e 9 meses em regime fechado de caráter preventivo para que, assim, não pudesse comandar esquemas criminosos no PT. Entretanto, foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a usar tornozeleira eletrônica e que não saia da cidade em que reside, Vinhedo, no interior de São Paulo.
Agora, os desembargadores João Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus sentenciaram José Dirceu a 30 anos e 9 meses de prisão. A mudança aconteceu porque os magistrados entenderam que as penas de cada um dos crimes devem ser somadas.
Na mesma decisão, os desembargadores inocentaram o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por falta de provas de envolvimento com corrupção.
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