Paulo Moura - 31/08/2020 11h10 | atualizado em 31/08/2020 11h11

Após ter a prisão domiciliar revogada pela Justiça na última sexta-feira (28), o ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 173 anos de reclusão pelo estupro de 56 pacientes, teve um pedido de prisão expedido contra ele nesta segunda-feira (31) pela 3ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo.

O ex-médico estava em prisão domiciliar desde abril deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Ele foi considerado de grupo de risco tanto pela idade, de 76 anos, quanto por enfrentar problemas de saúde.

Em uma decisão tomada na sexta, porém, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, atendendo a um recurso do Ministério Público paulista, argumentou que cumprir a pena em casa é “privilégio restrito aos beneficiários do regime aberto” e que o caso não se aplica ao ex-médico.

Almeida também destacou que o problema no coração vivido pelo ex-médico “é o mesmo para qualquer um que tenha uma cardiopatia desta natureza, dentro ou fora do sistema prisional” e que outras questões de saúde apontadas pela defesa poderiam ser tratadas dentro da unidade prisional.

Por fim, Almeida ressaltou que o médico oficial não fez nenhuma recomendação de que Abdelmassih não pudesse ser tratado na prisão. Até abril deste ano, o ex-médico cumpria pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé. O ex-médico já teve a prisão domiciliar contestada e revogada mais de uma vez.

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