Justiça de SP proíbe filho de Lula de fazer postagens sobre a ex
Decisão ocorre após Natália Schincariol acionar o Judiciário em razão de uma publicação de Luis Claudio Lula da Silva
Paulo Moura - 23/04/2024 12h31 | atualizado em 24/04/2024 13h40

A Justiça de São Paulo proibiu que o filho caçula do ex-presidente Lula (PT), o empresário Luis Claudio Lula da Silva, faça qualquer publicação, por qualquer meio, que tenha referência a Natália Schincariol, ex-companheira dele que o acusa de violência doméstica.
A defesa do filho do presidente da República informou que não vai se pronunciar sobre a decisão.
Com a nova decisão, o empresário fica proibido de “publicar, postar, veicular, encaminhar, divulgar, comentar, por qualquer meio, conteúdo que se refira, direta ou indiretamente”, a Natália.
A determinação foi tomada após a defesa da psicanalista acionar o Judiciário apontando que o ex teria compartilhado vídeo com conteúdo supostamente ofensivo a ela, o que, segundo a médica, configuraria violência psicológica.
No vídeo em questão, uma apresentadora de um programa online de notícias diz que Natália não inspira confiança por conta de seu “layout” e que ela “faz a linha BBB, com bocão, harmonização facial, bustão, pose sexy no Instagram, querendo ser uma intelectual”. Ao compartilhar a publicação, Luis Claudio comentou: “Sábias palavras”. Isso, na opinião de Natália, caracterizaria violência psicológica, moral e verbal.
SOBRE O CASO
No dia 2 de março deste ano, Natália registrou um boletim de ocorrência contra Luis por violência doméstica. No registro, consta que a médica afirmou que foi agredida com uma cotovelada durante uma briga em janeiro deste ano. Ela também disse ser vítima de agressão verbal, psicológica e moral.
À polícia, Natália relatou ainda que precisou ficar afastada do trabalho durante um mês por causa do trauma causado pelas agressões, além de ter sido hospitalizada com crises de ansiedade. A médica disse que tem sido alvo de ofensas constantes, sendo chamada de “vagabunda, gorda, feia e doente mental”.
A psicanalista também disse que não denunciou o ex-companheiro antes por ter sido intimidada por ele.
– Meu pai vai me proteger e [você] vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma (…). Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você – teria dito Luis, segundo a denúncia de Natália.
Após o registro do boletim de ocorrência, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu um pedido de medida protetiva solicitado pela psicanalista por entender que o relato era “coerente e verossímil”. Com isso, o filho de Lula foi proibido de se aproximar da ex, de frequentar os locais de trabalho, estudo ou de culto dela, ou de manter contato por qualquer meio.
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