Juiz decreta prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman
Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, atendeu pedido feito pelo MPF
Henrique Gimenes - 09/10/2017 21h50 | atualizado em 10/10/2017 12h47

O juiz federal Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou o pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) pedindo que a prisão do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, fosse transformada em preventiva. Nuzman estava preso desde a última quinta-feira (5) e sua prisão temporária iria vencer nesta terça-feira (10).
Na decisão, Bretas também prorrogou a prisão temporária do braço-direito de Nuzman, Leonardo Gryner, ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016. A dupla foi acusada de pagar propina para jurados escolherem o Rio de Janeiro como cidade olímpica.
Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner irão agora ficar presos por tempo indeterminado.
Segundo o MPF, o presidente afastado do COB teria utilizado dinheiro da Rio 2016 para pagar o escritório do advogado Nélio Machado. Em email enviado no dia 25 de setembro deste ano, Nuzman diz que a Diretoria Estatutária do Comitê Rio 2016 aprovou contrato de prestação de serviço com o escritório de advocacia. O valor do contrato foi de R$ 5,5 milhões. Na ocasião, ele já havia sido levado coercitivamente para depor.
Na decisão, o juiz Marcelo Brêtas afirma que “na fase atual da investigação, o MPF apresenta robustos elementos de prova em relação a Carlos Nuzman, que vão além de mera colaboração e já indicam a prática do delito de pertinência à organização criminosa”.
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