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Juiz dá 10 dias para IML responder defesa de Maluf

Advogados do deputado chamaram instituto de omisso e apresentaram 33 questionamentos

Henrique Gimenes - 27/12/2017 17h06 | atualizado em 27/12/2017 18h06

 

Juiz dá prazo de 10 dias para IML responder novos questionamentos feito pela defesa de Paulo Maluf Foto: EFE/Fernando Bizerra Jr

O juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, disse que só irá se decidir sobre o pedido de prisão domiciliar do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) após receber novos esclarecimentos do Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. A afirmação acontece após os advogados do parlamentar apresentarem uma série de questionamentos sobre os laudos dos peritos.

Na terça-feira (26), a perícia feita no deputado constatou que o parlamentar tem uma doença grave e permanente, mas que o Complexo Penitenciário da Papuda, onde Paulo Maluf está preso, tem condições de prestar tratamento. Para a defesa, o IML teria sido omisso ao preparar o laudo. Eles também pediram que a Justiça encaminhasse os 33 questionamentos a dirigentes do instituto e do presídio.

Em sua decisão, o magistrado concedeu o prazo de 10 dias para que as instituições respondam aos novos questionamentos dos advogados de Maluf. A defesa afirma que o deputado sofre de problemas de saúde, entre eles câncer de próstata, hérnia de disco, problemas cardíacos e movimentos limitados. Com base nisso, foi feito pedido para que sua prisão fosse convertida em domiciliar.

Paulo Maluf se entregou a Polícia na quarta-feira (20), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinar, na terça-feira (19), que o deputado cumprisse sua pena de sete anos, nove meses e dez dias de prisão. O parlamentar foi condenado pelo Supremo em maio pelo crime de lavagem de dinheiro.

Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), o deputado teria usado contas no exterior para lavar recursos desviados da Prefeitura de São Paulo entre 1993 e 1996, período em que foi prefeito da cidade. Os recursos teriam vindo da construção da Avenida Água Espraiada, que hoje é chamada Avenida Roberto Marinho. Os procuradores estimam que tenham sido movimentados US$ 170 milhões.

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