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Jovem que deu à luz tem alta negada por não ter registro civil

Ela e o filho recém-nascido estão há 28 dias em maternidade de Teresina

Gabriela Doria - 08/02/2022 22h09 | atualizado em 09/02/2022 10h01

Mãe e filho estão retidos em hospital há 28 dias Foto: Divulgação/Fundação Hospital de Teresina

Uma jovem de 21 anos que havia acabado de dar à luz um menino teve a alta médica negada por não ter registro civil. O caso aconteceu na Maternidade Municipal do Promorar, na Zona Sul de Teresina. Maria Cristina Oliveira de Lima, o companheiro, Ronielson Amorim, e o filho, o pequeno Yuri, já estão há 28 dias na unidade de saúde.

– A gente já tentou muito. Nunca conseguimos o registro de nascido vivo, porque a maternidade em que a Maria Cristina nasceu não deu esse papel para os pais dela. Com a falta desse registro, ela não conseguiu tirar a identidade ou qualquer outro documento – explicou Ronielson ao G1.

Maria deu à luz ao bebê no dia 9 de janeiro, de parto normal. Já no dia seguinte, ela recebeu alta para voltar para casa. Mas, por causa do problema burocrático, a maternidade não permitiu que ela e o filho deixassem a unidade de saúde.

O hospital explicou que Maria deu entrada com um documento não oficial. Depois, foi informado de que ela não tinha a Declaração de Nascido Vivo (DNV), o que impedia que ela tirasse qualquer documento oficial de identificação.

Ainda segundo a unidade de saúde, o pequeno Yuri também não tem a DNV, porque o documento do bebê precisa conter os dados da mãe – que, por sua vez, não tem registro civil, impedindo também que seu filho consiga o mesmo.

A família afirmou que a única opção que resta é acionar a Justiça para conseguir voltar para casa.

– Desse jeito, a única forma da gente sair daqui é com uma ordem judicial, porque tirar os documentos nunca conseguimos. Minha tia daqui, de Teresina, já entrou com um pedido no Ministério Público, e eu só quero ir pra casa com a minha família – declarou Ronielson.

A maternidade informou que já acionou a Defensoria Pública, que se dispôs a solucionar a situação. Ainda assim, Maria, o marido e o filho recém-nascido seguem aguardando que o caso seja resolvido.

– Me sinto mal demais sem ir para casa, sem poder ir para qualquer lugar. Me sinto presa aqui. Entendi que a maternidade vem tentando de tudo para resolver. Mas, enquanto isso, eu fico aqui; tenho que ficar aqui com meu filho – lamentou Maria.

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