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Joesley: Decisão de Janot rescindir delação foi ‘covardia’

Em depoimento, empresário disse que situação pela que passa acontece por ter mexido "com poderosos"

Henrique Gimenes - 15/09/2017 18h11 | atualizado em 15/09/2017 19h04

Empresário Joesley Batista diz que decisão de Janot rescindir delação é covarde Foto: Agência Brasil/Rovena Rosa

Em depoimento prestado à 6ª Vara da Justiça Federal, em São Paulo, nesta sexta-feira (15), o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, afirmou que a rescisão do seu acordo de delação premiada feita pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi uma “covardia”. Para o executivo, a atual situação pela qual passa acontece por ter mexido “com os poderosos”.

Joesley atualmente se encontra preso preventivamente por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, por suspeita de ter usado informação privilegiada para obter lucros no mercado financeiro, chamado de insider trading, com ações da J&F na Bolsa de Valores.

Nesta quinta-feira (14), a PGR havia cancelado os benefícios conseguidos pelo empresário sem acordo de delação premiada fechado com o Mercado Público. A medida decorreu depois da abertura de investigação interna por parte da PGR para investigar suspeita de omissão de informações no acordo. Para Joesley Batista, Janot foi covarde em sua decisão.

– O procurador foi muito questionado pela nossa imunidade. Um ato de covardia por parte dele, depois de tudo que fizemos, das provas que entregamos – afirmou.

Ao responder sobre a acusação de insider trading, Joesley Batista afirmou que as operações feitas no mercado financeiro eram rotina na empresa. Segundo o executivo, as medidas tinham por objetivo levantar recursos.

– Não houve lucro nem prejuízo. Foram operações porque a gente precisava de caixa – ressaltou.

Ao término do depoimento, o juiz federal João Batista Gonçalves decidiu pela manutenção de prisão preventiva. Como argumento, o magistrado afirmou que o executivo poderia tentar fugir do país.

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