Jair Renan é alvo de busca e apreensão em operação policial
Operação Nexum apura a suposta prática de crimes contra a fé pública e associação criminosa
Paulo Moura - 24/08/2023 08h29 | atualizado em 24/08/2023 12h43
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (24), a Operação Nexum, que tem como objetivo reprimir a suposta prática de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal. Ao todo, os agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.
Um dos alvos de busca e apreensão é Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o portal G1, o mandado contra ele é cumprido em dois endereços: no apartamento onde ele mora, em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina; e em um prédio no Sudoeste, área nobre de Brasília (DF).
A operação é realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor) da PCDF. O principal alvo da ação desta quinta é Maciel Carvalho, de 41 anos, instrutor de tiro de Jair Renan. Há ainda um terceiro alvo, mas a identidade dele não foi divulgada.
Maciel possui registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Neste ano, ele foi alvo de outras duas operações da PCDF: a Succedere, sobre crimes tributários; e a Falso Coach, sobre o uso de documentos falsos para registro e comércio de armas de fogo.
De acordo com as investigações, o suposto grupo criminoso investigado na ação agiria a partir de empresas fantasmas e usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, por exemplo, para abrir conta bancária e figurar como proprietário das pessoas jurídicas usadas como “laranjas”.
– A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas – disse a Polícia Civil, em nota.
Nas diligências desta quinta, os agentes têm como objetivo apreender bens e documentos especificamente relacionados aos fatos apurados no âmbito da investigação policial, além de colher outros elementos de convicção relacionados aos investigados.
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