Jair Bolsonaro critica filme sobre Suzane Von Richthofen
Para o candidato à Presidência, obra que traz a "motivação" do crime é uma inversão total de valores no Brasil
Henrique Gimenes - 22/07/2018 17h13 | atualizado em 23/07/2018 15h38
Após as informações de que o crime cometido por Suzane Von Richthofen será retratado no filme A Menina que Matou os Pais, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro criticou, neste sábado (21), a produção.
A direção do filme está a cargo de Maurício Eça. Ele declarou, em comunicado, que o longa será um “thriller psicológico de suspense” e abordará a motivação que levou à tragédia.
Em sua conta do Twitter, o deputado federal apontou uma notícia sobre a produção da obra e que destaca outra fala de Maurício, “Muita gente tem ideias pré-concebidas, mas as pessoas não sabem o motivo que levou a filha a matar os pais”. Para Bolsonaro, no entanto, tudo não passa de uma “Inversão total de valores no Brasil”.
Inversão total de valores no Brasil. https://t.co/Ur5vG1HMLn
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 21, 2018
O roteiro é da criminóloga Ilana Casoy, autora do livro O Quinto Mandamento, que também relembra o assassinato do casal Richthofen, e do escritor Raphael Montes, especializado em literatura policial.
Toda a pesquisa para construir a produção levou seis meses. Foram analisados arquivos públicos do julgamento, indo do assassinato até a condenação. As gravações começam ainda em 2018 e a previsão é que o filme chegue aos cinemas em 2019.
O CASO
Manfred e Marísia foram mortos a pauladas, pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, enquanto dormiam. Daniel, na época, era namorado de Suzane.
Suzane e Daniel Cravinhos são réus confessos do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, pais dela. O caso aconteceu em 2002 e chocou o Brasil.
Ela cumpre pena de 39 anos de prisão por ter sido considerada mentora da ação. Já Daniel Cravinhos está em regime aberto. Cristian também estava no mesmo regime mas voltou a ser preso neste ano por porte ilegal de arma.
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