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Itamaraty emite nota que avalia o regime de Maduro

Texto afirmou que governo da Venezuela é baseado no tráfico e no terrorismo

Ana Luiza Menezes - 18/01/2019 18h49 | atualizado em 21/01/2019 12h45

Palácio do Itamaraty, em Brasília Foto: Reprodução

Uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores avaliou o atual governo da Venezuela. O texto, divulgado na noite de quinta-feira (18), afirmou que o regime de Nicolás Maduro é baseado no tráfico de drogas e de pessoas, além do terrorismo.

O documento foi liberado após uma reunião entre o ministro da pasta, Ernesto Araújo, e lideranças políticas venezuelanas que representam oposição a Maduro.

– O Brasil tudo fará para ajudar o povo venezuelano a voltar a viver em liberdade e a superar a catástrofe humanitária que hoje atravessa – informou o texto.

Novo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo Foto: EFE/Antonio Lacerda

O governo brasileiro, assim como o de outros países, como Estados Unidos e Argentina, além da União Européia, não reconhece o mandato de Nicolás como legítimo. Ele foi reeleito em maio do ano passado em um processo eleitoral visto como fraudulento.

Em um vídeo divulgado pelo palácio do Planalto, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, expressou apoio aos venezuelanos que sonham com o fim do regime bolivariano.

– Sabemos como esse desgoverno chegou ao poder, inclusive com a ajuda de presidentes que o Brasil já teve, como Lula e Dilma. E isso nos torna responsáveis pela situação em que vocês se encontram – declarou Bolsonaro.

Leia, abaixo, a íntegra da nota do Itamaraty:

Reunião com forças políticas democráticas venezuelanas

O Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo realizou hoje reunião com as principais forças políticas democráticas venezuelanas. O encontro incluiu sessão que contou também com a presença de representantes de países do Grupo de Lima e dos EUA.

O Ministro reuniu-se separadamente com o Presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela e outros Magistrados do mesmo Tribunal, bem como com representante do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A reunião teve por objetivo analisar a situação na Venezuela decorrente da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da manifestação do Presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de sua disposição de assumir a Presidência da Venezuela interinamente, seguindo a Constituição venezuelana. Teve igualmente por objetivo discutir ideias de ação concreta para restabelecer a democracia na Venezuela.

O papel-chave do Brasil, sob a liderança do Presidente Bolsonaro, na mudança do cenário venezuelano, onde pela primeira vez em muitos anos ressurge a esperança da democracia, foi reconhecido por todos os líderes venezuelanos.

De acordo com as lideranças venezuelanas, hoje na Venezuela 300.000 pessoas correm o risco de morrer de fome. Mais de 11.000 recém-nascidos perdem a vida anualmente por falta de atendimento primário pós-natal. O déficit de medicamentos é de 85%. Os líderes venezuelanos enfatizaram que se trata de um genocídio silencioso, perpetrado pela ditadura de Maduro contra seu próprio povo.

O sistema chefiado por Nicolás Maduro constitui um mecanismo de crime organizado. Está baseado na corrupção generalizada, no narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no terrorismo.

O Brasil tudo fará para ajudar o povo venezuelano a voltar a viver em liberdade e a superar a catástrofe humanitária que hoje atravessa.

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