Integralistas: Conheça o grupo que assumiu ataque ao Porta
Movimento de extrema-direita assumiu a autoria do atentado com coquetéis molotov
Camille Dornelles - 26/12/2019 12h24 | atualizado em 26/12/2019 13h05
Na madrugada desta terça-feira (24), a produtora responsável pelos programas do grupo Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, foi alvo de um ataque. No dia seguinte, um grupo denominado Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira assumiu a autoria do ataque.
O grupo faz parte do movimento integralista. Apesar de ser antigo, com mais de 80 anos de existência, não é muito conhecido pela maioria dos brasileiros. Recebe esse nome por rejeitar a separação entre Estado e costumes dos cidadãos.
Preza pela hierarquia, meritocracia e união social. Por seu posicionamento ideológico radical, é considerado de extrema-direita.
O integralismo surgiu no início da década de 30 no Brasil, após a Primeira Guerra Mundial. Em 1932, o movimento considerado de extrema-direita foi fundado com o nome Ação Integralista Brasileira (AIB) quando o jornalista Plínio Salgado lançou o Manifesto de Outubro.
Ele tem como lema “Deus, pátria e família” e a letra grega ∑ (sigma) como símbolo. Em matemática, esse representa soma, e o movimento integralista o adotou para demonstrar a soma de força de diversos pequenos agentes.
O cumprimento é parecido com o do nazismo, com o braço levantado para cima. O movimento chegou a mobilizar entre 600 mil e 1 milhão de pessoas. Entretanto, membros do integralismo foram perseguidos durante a ditadura de Getúlio Vargas, tornando-se assim um movimento político residual no cenário brasileiro.
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