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Trabalho infantil ilegal atinge 998 mil no Brasil

Grupo corresponde a crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos

Henrique Gimenes - 29/11/2017 12h21 | atualizado em 29/11/2017 14h55

Segundo IBGE, 998 mil jovens entre 5 e 17 anos trabalham em situação irregular no Brasil Foto: Agência Brasil/Valter Campanato

No Brasil, de um total de 1,8 milhão de crianças e adolescentes que trabalham, pelo menos 998 mil delas estão em situação irregular. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad – Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (29). Em outro módulo, a Pnad mostra ainda que metade dos trabalhadores brasileiros recebem menos do que um salário mínimo.

Segundo módulo da Pnad Contínua 2016 sobre Trabalho Infantil, do total de 998 mil crianças e adolescentes em trabalho irregular no país, 190 mil delas estão na situação por terem entre 5 e 13 anos e 808 mil por possuírem registro em carteira.

Do total de crianças entre 5 e 13 anos que trabalham, 74% delas não recebem nenhuma remuneração. Além disso, 47,6% do total trabalha na área de agricultura. Porém, do grupo de crianças ocupadas nessa faixa idade, 98,4% estuda.

Já do grupo de adolescentes entre 14 e 17 anos que trabalham, 27,2% deles estão no setor de comércio. Do número total, 78,2% são remunerados. A quantidade deles que estuda, no entanto, chega a 79,5%, contra 86,1% dos jovens da mesma idade que não trabalham. A pesquisa estimou ainda que o rendimento médio de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que trabalham foi de R$ 514.

Rendimento dos trabalhados

Outro módulo da Pnad Contínua, que trata do rendimento de todas as fontes, mostra que metade do grupo 87,1 milhões de pessoas que estão empregadas no Brasil receberam menos do que um salário mínimo. Em 2016, o valor era de R$ 888 e atualmente está em R$ 937. Segundo o IBGE, a renda média mensal desse grupo em 2016 chegou a R$ 747.

Já o grupo dos 1% com maiores rendimentos, cerca de 871 mil trabalhadores, recebeu em média R$ 27.085 por mês. Esse número é 36,6 vezes maior que a renda recebida pelos 50% dos trabalhadores.

A pesquisa apontou ainda que os rendimentos médios da metade da população com menor remuneração estão nos estados do Nordeste, com R$ 485, e do Norte, com R$ 560. Já os estados da região Sul são os que apresentam a melhor média, com R$ 949.

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