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Huck: “Venezuela vive ditadura, e tudo indica fraude eleitoral”

Apresentador da Globo afirmou que não dá para "passar pano" neste caso

Thamirys Andrade - 29/07/2024 16h04 | atualizado em 29/07/2024 20h25

Luciano Huck Foto: Reprodução/YouTube Podpah

Ao comentar o cenário político da Venezuela nesta segunda-feira (29), o apresentador da Rede Globo Luciano Huck reconheceu que o país em questão vive sob uma “ditadura” e afirmou que não há como “passar pano”. Ele ainda afirmou que, ao que tudo indica, a nação vizinha está vivendo uma fraude eleitoral.

A declaração ocorreu por meio de postagem na rede social X. Nela, o comunicador avaliou que, como latino-americano, ele não poderia se manter calado sobre os acontecimentos no país caribenho.

– Não dá pra passar pano: a Venezuela vive uma ditadura. E tudo indica que estamos vendo uma fraude eleitoral. Como cidadão, como latino-americano, e como democrata, espero que a Venezuela possa vencer essa fase e voltar à democracia. Já passou da hora – instou.

ENTENDA
Na madrugada desta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a vitória do ditador venezuelano Nicolás Maduro, garantindo seu terceiro mandato consecutivo. No primeiro boletim oficial sobre o pleito, o órgão eleitoral afirmou que, com 80% da apuração total dos votos, Maduro tinha 51,2%, contra 44,2% do principal opositor, Edmundo González Urrutia.

Liderada por María Corina Machado e Urrutia, a oposição disse que não teve acesso às atas eleitorais e denunciou fraude, apontando que o Conselho Nacional Eleitoral é controlado pelo governo chavista.

– Sabemos o que aconteceu hoje. Neste momento, temos mais de 40% das atas. Estamos recebendo todas as atas que o CNE transmitiu e todas as informações coincidem que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro 30% dos votos, essa é a verdade. E essa é a eleição com a maior margem de vitória. Parabéns, Edmundo – destacou Corina.

Urrutia se pronunciou em seguida, garantindo que não descansará até que a vontade dos venezuelanos seja respeitada.

– Os venezuelanos e o mundo todo sabemos o que aconteceu hoje. Aqui foram violadas as normas já que não foram entregues todas as atas. Nossa mensagem de reconciliação segue vigente. Nossa luta continua e não descansaremos até que a vontade do povo de Venezuela seja respeitada – assinalou.

Até o momento, nove países solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater as eleições venezuelanas. São eles: Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

Após pressão internacional e da oposição venezuelana, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro se pronunciou sobre as eleições no país vizinho. Na nota, emitida nesta segunda-feira, a pasta elogia o “caráter pacífico” com que o pleito foi conduzido neste domingo (28); contudo, afirma que só reconhecerá ou rejeitará o resultado após o CNE publicar as atas com os dados de cada mesa de votação.

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