Gabriela Doria - 26/08/2019 15h22 | atualizado em 26/08/2019 16h15

O apresentador Luciano Huck foi bombardeado nas redes sociais ao tentar justificar o jatinho que financiou através de um empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na publicação, Huck compartilhou uma reportagem intitulada “Jatinhos: história e histeria“. No texto, os autores explicam como surgiu o programa do governo que possibilitou o financiamento e como a iniciativa ajudou a estimular a economia brasileira, que estava em crise.

A tentativa de se justificar não deu certo e Huck foi massacrado com críticas e questionamentos sobre a “moralidade” do empréstimo.

– Nem tudo o que é legal é moral, mas sabemos que você é um pregador da moral de cuecas: lacração para você, família tradicional para mim, desarmamento para você, segurança armada para mim, juros astronômicos para você, juros subsidiados para mim – disse um internauta.

Outros questionaram as aspirações políticas do apresentador.

– Você tem pretensões políticas, com ganas de projeção nacional! Por consciência pública não cabe incorrer em vantagens seletivas de recursos em velado desvio de finalidade! Protagoniza figura carimbada da imoralidade de gestão Governista PT, pura iniquidade e hipocrisia! – disse um usuário.

E teve ainda quem apontou o poder econômico de Huck, que ganha um dos maiores salários da Rede Globo, afirmando que não havia necessidade de um empréstimo para comprar um jatinho.

– Um cara milionário como você, precisa recorrer ao dinheiro dos trabalhadores através do BNDES, com juros subsidiados pra manter sua vida luxuosa, as custas do suor dos trabalhadores brasileiros, que se quiser financiar alguma coisa pagam juros exorbitantes. Acho tudo isso e imoral – destacou.

Recentemente, Luciano Huck e outros famosos, como a cantora Claudia Leitte e o governador João Doria, foram citados em uma lista de financiamentos obtidos junto ao BNDES para a compra de jatinhos da Embraer. O empréstimo era concedido a milionários que pagavam parcelas a juros bem abaixo daqueles praticados por bancos para pessoas físicas em empréstimos “comuns”.

A divulgação dos nomes dos compradores faz parte da promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, que garantiu que irá abrir a “caixa-preta” do BNDES, esclarecendo transações consideradas suspeitas.

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