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Huck defende Tabata Amaral e renovação na política

Apresentador disse que velha política está fazendo de tudo para "seguir ancorada no passado"

Jade Nunes - 19/07/2019 14h24 | atualizado em 19/07/2019 16h13

Apresentador Luciano Huck Foto: Reprodução

Apoiador do Acredito e do RenovaBR, duas das organizações que impulsionaram Tabata Amaral (PDT-SP), o apresentador e empresário Luciano Huck cobrou respeito à deputada federal e defendeu os movimentos de renovação política, dos quais é entusiasta.

– Mais uma vez, nesse episódio da votação da reforma da Previdência, a velha política mostra o quanto não quer a renovação. Está fazendo de tudo para calar as vozes, neutralizar as ideias e seguir ancorada no passado – afirmou.

Ele, que esteve perto de se candidatar à Presidência da República em 2018 e é considerado desde então nome provável da corrida ao Planalto em 2022, rebateu ainda a declaração do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) de que os grupos independentes são “partidos clandestinos”.

O apresentador da TV Globo não é filiado a partido, mas cultiva boas relações com membros de legendas como Cidadania (antigo PPS), Rede, PSDB e DEM. Desde 2017, ele faz parte do Agora!, grupo suprapartidário que incentiva a oxigenação política.

Na entrevista, concedida por email (ele está em férias com a família fora do Brasil), Huck disse acompanhar a evolução do imbróglio detonado pelo voto favorável de Tabata e de outros deputados à reforma, em desacordo com a orientação das siglas.

Tanto PDT quanto PSB, outro partido que fechou posição contrária ao projeto, iniciaram processos que podem culminar na expulsão dos dissidentes, que representam cerca de 30% em ambas as bancadas. Felipe Rigoni (ES), também participante do Acredito e do Renova, está entre os alvos no PSB.

A reportagem perguntou a Huck se ele via as declarações de Ciro em apoio à saída de Tabata do partido e os ataques dele aos movimentos de renovação como uma tentativa do pedetista de antagonizar com o apresentador, antecipando-se a uma possível disputa eleitoral em 2022.

– Imagino que não. Existem mil maneiras de resolver divergências. A melhor delas é através do diálogo. No mais, desrespeitar publicamente uma mulher, jovem, idealista e corajosa, como é o caso da Tabata, não me parece a mais inteligente das estratégias se a ideia fosse antagonizar comigo. E o Ciro é um homem muito inteligente – acrescentou.

Huck disse ainda que a parlamentar nascida na periferia de São Paulo “por mérito se formou em uma das melhores universidades do mundo [Harvard] e, em vez de ir para o mundo dourado da iniciativa privada, resolveu servir, se lançando na vida pública”.

Ciro falou que Tabata “cometeu um erro indesculpável” contra “o povo mais pobre” ao marcar sim à reforma. Ele tem reiterado que, apesar de defender a desfiliação, mantém o respeito à parlamentar. No domingo, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse não existir nenhuma “palavra da direção do PDT ofendendo a honra dela”.

Em sua coluna na Folha de S.Paulo, publicada naquele dia, Tabata havia escrito, em crítica aos partidos: “Ofensas, ataques à honra e outras tentativas de ferir a imagem tomam lugar do diálogo. Exatamente o que vivo agora”.

A estreante enfrenta uma série de pressões desde que anunciou o voto a favor do texto que modifica as aposentadorias. Nas redes sociais, virou meme e foi alvo de xingamentos como “traidora da esquerda” e “vendida”.

O apresentador não quis comentar a decisão encaminhada pelo PDT de negar legenda em futuras eleições a candidatos apoiados por movimentos como o Acredito. Trata-se de “questão interna deles”, despistou.

*Folhapress/Joelmir Tavares

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