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4 hospitais de SP chegam a 100% de lotação em UTIs de Covid-19

Grandes hospitais particulares da capital não têm mais leitos para os infectados

Pleno.News - 02/03/2021 19h01 | atualizado em 02/03/2021 19h10

Quatro hospitais particulares de SP estão com UTIs lotadas Foto: Reprodução/Agência Brasil

Pelo menos quatro grandes hospitais privados da capital paulista – Einstein, Oswaldo Cruz, BP e São Camilo -, afirmam que atingiram nos últimos dias 100% de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internados com Covid-19. Com isso, já trabalham na abertura de novos leitos. Ao contrário da Prevent Senior, que decidiu suspender as cirurgias eletivas para evitar superlotação, as unidades consultadas afirmam que continuam realizando os procedimentos considerados de não emergência.

Na semana passada, reportagem do Estadão revelou que a escalada de casos de novo coronavírus, somada às internações de pacientes com doenças crônicas, colocou pressão em hospitais particulares de elite de São Paulo, que já operavam com taxas de ocupação superiores a 90% nos leitos de enfermaria e de UTI, considerando alas Covid-19 e para outras doenças.

Com 153 internados por Covid-19, na manhã de segunda-feira (1º), a ocupação total no Hospital Israelita Albert Einstein era de 100% para pacientes com o novo coronavírus e outras enfermidades. Na quinta-feira passada (24), era de 99%, sendo a principal causa da lotação a realização de cirurgias eletivas que ficaram represadas nos primeiros meses da pandemia e foram retomadas. Mesmo com o cenário preocupante, por enquanto, o Einstein não prevê cancelar os procedimentos eletivos.

Dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz mostram que há 140 pacientes internados com Covid-19, sendo 82 em unidade de internação e 58, na UTI. A taxa de ocupação é de 85% e 100%, respectivamente. Já a taxa de ocupação total para pacientes com o novo coronavírus e outras doenças é de 87%. Segundo o hospital, 13 novos leitos em unidade de internação foram abertos para pacientes com Covid-19 e 5 novas vagas de UTI para a doença serão abertas ainda em março.

A Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP) afirma que também registrou na segunda-feira taxa de ocupação de 100% com um total de 97 pacientes com covid-19 internados. Desses, 47 estão em leitos de UTI e 50, em unidades de internação. Na semana passada, a taxa era de 97,87% nas UTIs.

– Nosso sistema de gerenciamento de leitos nos permite fazer rapidamente os ajustes necessários na quantidade destinada para os casos de Covid-19, garantindo o atendimento de todos os pacientes, incluindo aqueles que escolhem a BP para cuidar de outras condições de saúde – afirma Luiz Bettarello, médico e diretor-executivo e de Desenvolvimento Técnico da BP.

Dos mais de 800 leitos existentes, a BP disponibiliza hoje 97 para pacientes com covid-19. Neste momento, as cirurgias eletivas estão sendo realizadas normalmente, com todos os protocolos de segurança.

Com cenário semelhante, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo afirma que na segunda-feira estava com 203 pacientes internados para tratamento de covid-19 em suas três unidades, número que vem sofrendo oscilação. No momento, a taxa de ocupação dos leitos destinados à doença atingiu o nível máximo da rede.

– Novos leitos serão disponibilizados ao longo dos próximos dias. A maioria dos pacientes internados apresenta comorbidades e idade média em torno de 55 anos – afirmou o São Camilo, que mesmo diante do momento atual mantém a realização de cirurgias eletivas.

Considerando as três unidades hospitalares, o Grupo Leforte afirma que está com uma taxa de ocupação de 99% de seus leitos de internação e UTI destinados aos pacientes com Covid-19. Segundo a instituição, houve uma queda de 31% nas cirurgias eletivas desde o início da pandemia, em razão das restrições ou mesmo suspensões impostas por autoridades de saúde e pelo receio dos próprios pacientes.

– No entanto, desde o fim de 2020 esse volume vem sendo gradativamente retomado. Hoje, em todas as áreas, esses procedimentos estão sendo realizados normalmente, com a adoção de fluxos e equipes separados e a adoção de rígidos protocolos de segurança – disse.

*Estadão

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