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Monique buscou cursos de inglês e culinária horas após enterro

Mensagens recuperadas mostram mãe fazendo planos acadêmicos

Gabriela Doria - 13/04/2021 17h26 | atualizado em 13/04/2021 18h09

Monique Medeiros e o filho, Henry Borel Foto: Reprodução

As mensagens recuperadas do celular de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, mostraram que ela procurou cursos de culinária e de inglês horas após a morte do filho. O conteúdo, que havia sido apagado, foi recuperado por meio de um inovador software israelense usado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Trechos do material obtido foram divulgados pelo jornal O Dia. A primeira mensagem, de um curso, foi enviada a Monique ainda no dia 8 de março, às 19h24, três horas após o enterro de Henry.

– Olá, boa noite! Ainda dá tempo de voltar a estudar na [nome da instituição]. Faça matrícula essa semana (até 12/03) e ganhe desconto de 40% para o curso todo – dizia a mensagem.

Monique, então, demonstrou interesse: “Presencial?”. Em seguida, ela recebeu mais informações sobre o curso.

A interceptação das mensagens mostrou também que, menos de 24 horas após o enterro do filho, Monique procurou um curso de culinária. Ela enviou mensagem a uma professora de gastronomia no Instagram.

– Lorena, boa tarde. Sou Monique Medeiros. Tenho interesse em fazer aula prática com você. Como faço para entrar na lista de espera? Um grande beijo em seu coração – escreveu, recebendo a resposta da profissional logo em seguida.

FRIEZA NO FUNERAL
Ainda segundo O Dia, coveiros ouvidos pela reportagem descreveram a frieza e a vaidade de Monique durante o sepultamento de Henry.

– Ela estava toda arrumada, de preto, óculos escuros, salto alto. Muito arrumada e não derramou uma lágrima. Parecia conformada – disse um dos profissionais.

Outro funcionário revelou que o menino foi enterrado em um pequeno caixão branco, com cinco coroas de flores. Leniel Borel, pai de Henry, estava inconsolável.

– Ele estava vestido com blusa que tinha a foto do menino, calça jeans, tênis. Na hora de colocar o caixão no túmulo, disse: “Henry, isso não vai ficar assim”. Ali, entendi que a morte da criança não era algo esperado, como que causada por doença – relatou o funcionário.

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